Coordenada pela Polícia Civil, através do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), a Operação Voo Legal abordou cerca de 4 mil pessoas no Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, em Salvador. Deflagrada em 17 de janeiro, ela contou com a parceria da Polícia Federal (PF), Receita Federal e o apoio da Coordenação de Operações Especiais (Coe).
O objetivo é impedir a entrada de drogas, armas e contrabando no estado, no período que antecede ao Carnaval e durante a folia. A escolha dos voos vistoriados é feita pela Polícia Federal, baseada em rotas com maior probabilidade de flagrar traficantes e contrabandistas..
“O avião é orientado a efetuar o desembarque em local onde o fluxo é menor, evitando transtorno à rotina do aeroporto”, explicou a delegada Indira Croshere, da PF. Não existe, segundo o delegado André Garcia, do Draco, perfil definido para pessoas que trazem drogas, “daí as abordagens feitas indiferentemente em relação ao gênero ou idade do cidadão”.
As bagagens dos passageiros são submetidas aos scanners, que podem revelar algum item suspeito. Caso isso ocorra, são revistadas pelos policiais e agentes que integram a operação. Os cães farejadores da Coe também ficam de prontidão na hipótese de suspeita da presença de drogas.
“Os cães são treinados desde filhotes para identificar o cheiro dos entorpecentes mesmo que eles estejam camuflados entre itens com odores muito ativos, como o café”, esclareceu o investigador Bastos, da Coe.
A ação faz parte de uma série de outras desenvolvidas pelo Draco, como descreveu o delegado André Garcia. “Nesse período há um aumento de pessoas na cidade e, com isso, aumenta também o número de traficantes que tentam trazer drogas para comercializar na capital”, salientou.
Com o objetivo de impedir que essas drogas cheguem a Salvador por terra, mar e até por encomendas através dos Correios, as operações denominadas ‘Mar Seguro’, ‘Pista Limpa’ e ‘Correspondência Legal’ ocorrem antes e durante a folia momesca.