O prefeito ACM Neto (DEM) pode não formalizar uma coligação com o PMDB, caso saia candidato ao governo do Estado no ano que vem, como seus correligionários esperam. Em conversas com aliados, ele tem se referido a admoestações de sua equipe de comunicação quanto aos riscos de aproximar-se formalmente do partido do ex-ministro Geddel Vieira Lima, hoje preso, especialmente no caso de o deputado federal Lúcio Vieira Lima, seu irmão, permanecer na linha de frente da legenda.
Pesquisas realizadas pela equipe do prefeito mostrariam um efeito nada favorável no eleitorado da eventual associação de seu nome aos dos Vieira Lima. Por este motivo, Neto estaria avaliando o custo-benefício de se coligar com os peemedebistas, cujo maior trunfo é o tempo de televisão de que o PMDB dispõe. Na eleição em que conquistou seu primeiro mandato de prefeito, em 2012, o democrata concorreu no primeiro turno sem o apoio da legenda, que juntou-se a ele apenas no segundo turno das eleições.
Depois de quatro anos de uma relação tranquila e de colaboração, o partido integrou sua chapa à reeleição, em 2016, indicando, inclusive, seu vice, Bruno Reis. Hoje, os peemedebistas possuem vários cargos na administração municipal. Caso não se coligue na chapa majoritária de Neto ao governo, em 2018, o PMDB ficará impedindo de concorrer às eleições proporcionais aliançado formalmente com o DEM, já que a legislação eleitoral exige a coligação nos dois níveis.