Segundo estudo, quase metade das fraudes (48%) se deu em transações ou compras feitas pela internet .
Àquele que nunca esteve apertado e já usou o cartão de crédito para realizar uma compra que atire a primeira pedra. Claro que a alusão com a pedra é uma brincadeira com o leitor, mas todos sabem o quanto o cartão é uma das formas mais populares de pagamento, por conta das facilidades oferecidas. O problema é que seu uso, além de poder trazer uma alta dívida, pode dar outra dor de cabeça: ter o item clonado.
De acordo com um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em 12 capitais brasileiras (entre elas, Salvador), com 800 pessoas, revelou que pouco mais de 3,6 milhões de brasileiros foram vitimas deste tipo de fraude nos últimos 12 meses. Isso equivale a 41% do total dos consumidores que passaram por esse ou outros tipos de transtorno: cerca de 8,9 milhões, entre recebimento de boletos falsos, clonagem de cartões de débito e outros.
Ainda conforme a pesquisa, quase metade das fraudes se deu em transações ou compras feitas pela internet, com 48%. Já outros 20% dos golpes aconteceram nas operações realizadas em agências bancárias ou financeiras e 15% em lojas físicas. E essa situação acabou gerando conseqüências, que podem causar sérios danos ao consumidor que tem suas informações pessoais utilizadas para fins fraudulentos.
Entre as principais estiveram compras indevidas em nome da pessoa (37%) e os prejuízos financeiros (24%). O levantamento ainda apontou problemas relacionados à perda de tempo com processos burocráticos para regularizar a situação e a inclusão em cadastros de inadimplentes, deixando a pessoa com o nome sujo e impossibilitando a realização de compras por meio do crédito, ambas com 22%.
Na avaliação de Nival Martins, superintendente de produtos e operações do SPC Brasil, os transtornos ocasionados por estelionatários podem comprometer não apenas a saúde financeira dos consumidores. “Além dos prejuízos financeiros, existe o constrangimento de, muitas vezes, ser incluído indevidamente em cadastros de devedores. Sem contar a burocracia para abrir boletim de ocorrência e avisar os órgãos competentes sobre o ocorrido”, alertou o dirigente.
Dicas
Para evitar quaisquer dores de cabeça com as fraudes, o SPC traz algumas dicas para o consumidor se precaver. Confira:
• Antes de fazer qualquer compra, certifique-se sobre a idoneidade do estabelecimento comercial. Pesquise sobre a reputação da empresa e redobre atenção em sites de comércio eletrônico. Os canais de venda virtuais são obrigados a fornecer dados, como razão social, endereço, telefone e CNPJ;
• Desconfie de produtos com preço muito abaixo do praticado pelo mercado e sempre exija nota fiscal. Essas atitudes resguardam o consumidor, caso ele tenha que fazer uma eventual troca do produto ou venha pedir algum ressarcimento;
• Nunca forneça dados pessoais ou bancários por telefone. Caso tenha de atualizar algum cadastro, procure pessoalmente a instituição financeira ou ligue diretamente para o serviço de atendimento ao consumidor;
• Em caso de perda, roubo, furto ou extravio de documentos pessoais, como CPF, CNPJ, certidão de nascimento, cheques e cartões de crédito, é necessário que a vítima realize o Boletim de Ocorrência (B.O.). Com o documento em mãos, o consumidor deve comparecer, pessoalmente, em um balcão de atendimento do SPC Brasil com um documento de identificação para fazer um ‘Alerta de Documentos’. Segundo a entidade, este serviço é gratuito.