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Mais de 160 policiais militares morreram vítimas de COVID-19 em Minas

Enquanto a vacina não chega a todos, entidade que representa policiais e bombeiros aponta crescimento nas mortes da tropa mineira

Policiais não pararam de trabalhar durante a pandemia
(foto: 04/12/2020 – Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Os profissionais das forças de segurança e salvamento, que não deixaram de trabalhar um dia sequer durante a pandemia, começam a ver uma luz no fim do túnel com a vacinação anunciada esta semana.

A imunização chega para tentar barrar as recentes mortes na categoria pela COVID-19. Segundo a Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra-MG), 164 policiais militares morreram no estado em razão da doença.

Somente da Polícia Militar, 18,75% da tropa havia sido contaminada pelo novo coronavírus até semana passada, de acordo com a entidade. Também na semana anterior, oito militares morreram e, entre domingo (4/4) e esta segunda-feira (5/4), mais dois policiais perderam a vida para a COVID-19.

O presidente da Aspra, subtenente Heder Martins de Oliveira, diz que os números são preocupantes. “A tropa não parou de trabalhar, está no ‘street office’, né?”, diz. “Infelizmente, apesar da pujança do estado de Minas Gerais, a vacinação dos profissionais de segurança pública chegou tardia. E ela só chegou, não por boa vontade, benevolência do governador, houve necessidade de intervenção.”

Ele conta que a entidade, ao perceber que outros estados já haviam iniciado a vacinação da classe, ajuizou uma ação para que fosse concedida a vacinação aos policiais e bombeiros.

“O que nós esperamos agora é que não haja interrupção no cronograma de vacinação. Devemos olhar agora para frente, não adianta mais lamentar porque já deveria ter começado há mais tempo. Infelizmente isso não foi possível por vontade política do governo, porque tanto os municípios quanto os estados tinham e possuem autonomia para rever o plano de priorização”, disse Heder.

Fonte: Estado de Minas

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