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Lewandowski dá mais um tiro na Lava Jato

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), está coberto de razão quando denuncia que há em curso uma manobra para sufocar a Lava Jato.

Em recente julgamento, por maioria de votos, o STF decidiu que só lhe cabe avaliar a eficácia dos acordos gerados por delações premiadas, não o seu mérito.

Pois bem: Lewandowski fez o contrário ao não homologar a delação premiada do marqueteiro Renato Pereira e devolvê-la à Procuradoria Geral da República.

A delação de Pereira atingiu em cheio o coração da gangue do PMDB que há mais de 20 anos domina a política do Rio de Janeiro. Envolveu diretamente Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão e Eduardo Paes.

Quem se arriscaria a firmar acordo de delação com o Ministério Público Federal, contar o que sabe, para depois o acordo ser desconsiderado? Ninguém.

Uma das razões do sucesso de Lava Jato é justamente o uso do instrumento da delação premiada. Não basta ao delator contar o que sabe, tem de provar ou oferecer indícios de provas.

Os acordos de delação só são firmados quando o Ministério Público julga convincentes as provas ou os indícios oferecidos. Lewandowisk atirou novamente na Lava Jato. Por que?

Ora por que… O ministro Gilmar Mendes logo saiu em defesa dele.

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