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José Aldo e treinador explicam recusa por luta principal do UFC Fortaleza

Contratado pelo UFC em 2011, José Aldo fará sua quinta luta na organização em solo nacional no próximo dia 2 de fevereiro, em Fortaleza. No entanto, apesar da experiência, ele irá experimentar algo novo na carreira. Ao entrar no octógono para encarar Renato ‘Moicano’, o atleta da Nova União fará, pela primeira vez, um co-main event no país – cenário este que foi uma escolha do seu treinador e empresário ‘Dedé’ Pederneiras.

Revelado por Dana White em conversa com jornalistas em Los Angeles (EUA) em dezembro, o plano do UFC era de contar com Aldo na última luta da noite, mas a proposta teria sido declinada pelo próprio atleta. De acordo com a versão do ex-campeão, porém, coube ao técnico recusar a oferta da organização.

“Primeiramente, eu ia lutar com o Cub Swanson, estava fechado com ele, mas ele machucou, beleza, e depois disso eles (do UFC) tinham oferecido para mim o Moicano. Não vejo problema nenhum, nunca falei que não lutaria com ele ou com qualquer outro atleta. Independente de qualquer coisa, eu defendo minha bandeira, e se não for da minha equipe eu luto com qualquer um. E eu mandei uma relação de uns dez, 15 nomes da categoria com quem eu poderia lutar, e o nome do Moicano também estava dentro. Em nenhum momento eu neguei qualquer coisa. Quem não achava bom isso e com quem rolou esse negócio de três ou cinco rounds foi o Dedé, que está aí, podem perguntar para ele. Ele que fechou a luta em três rounds, ele achou melhor. Para mim, tanto faz: cinco, dez rounds, quantos rounds forem precisos, eu luto, ou com Moicano ou com qualquer outro. Não tenho nenhum problema com isso, não”, revelou, em entrevista coletiva da qual a Ag. Fight participou nesta quarta-feira (16), na cidade do Rio de Janeiro.

Aldo declarou ainda que, embora não tivesse objeções em relação a uma eventual luta de cinco rounds, confia na decisão de Pederneiras. De acordo com o ex-campeão dos penas, houve, inclusive, um contato direto com Dana White, presidente da organização, no qual José se colocou à disposição do Ultimate.

“Pedi permissão para o Dedé para falar diretamente com o Dana, porque ele tinha fechado com o Michael Johnson, que ele pediu para lutar comigo e eu também. Eu fui na mesma hora, mandei uma mensagem. Eu falo diretamente com o Dana e peço. Mandei com o nome de todo mundo. Queria estar nesse card, principalmente no início do ano, porque quero fazer essas três lutas este ano ainda”, contou, antes de especificar que, na lista, havia também atletas dos leves, divisão na qual Aldo pretende se testar.

“A gente falou uns três nomes, ele não falou, eu perguntei com quem que ele queria que eu lutasse. Coloquei, sim, pesos-leves também. Não só do meu peso. Dos mais bem ranqueados depois de mim, eu coloquei todos eles, e coloquei também alguns dos leves também, que para mim seria bem válido. Mas aí não aconteceu”, disse. Os lutadores à frente de Aldo no ranking dos penas são apenas Brian Ortega e o campeão Max Holloway.

Questionado pela reportagem da Ag. Fight, Pederneiras afirmou que a decisão se baseou na possibilidade de minimizar danos físicos ao seu atleta. Afinal, caso fizesse o main event do card, Aldo teria que se preparar para uma disputa de cinco assaltos, dinâmica que o acompanha antes mesmo de assinar com o UFC.

“Não foi em relação ao adversário. Foi por conta dessa carga de treinamento que a gente está evitando. Na próxima luta, se o Dana falar que essa agora vai ser pelo título, ele vai lutar cinco, dez ou 12 rounds. O que for necessário. Mas não é o caso agora. Não foi pensando em estratégia para o adversário, foi sobre a sobrecarga de treinamento”, afirmou.

Aldo lutou pela última vez em julho do ano passado, nocauteando Jeremy Stephens. Além do confronto do ex-campeão peso-pena com Renato Moicano, o card principal do UFC Fortaleza terá, como grande atração, os pesos-galos (61 kg) Raphael Assunção e Marlon Moraes, além da presença de Demian Maia, que mede forças com Lyman Good em um combate meio-médio

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SIEL GUINCHOS

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