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João Roma diz que ‘ACM Neto fica querendo usar o presidente Bolsonaro como amante’

O ministro da Cidadania João Roma, filiado ao Republicanos, disse que o seu ex-aliado e ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) usa o presidente Jair Bolsonaro (PL) como “amante” ao querer se aproveitar da fama do mandatário, mas não destacar publicamente seu apoio ao chefe do Executivo.

Até fevereiro do ano passado, Roma era um dos homens de confiança de ACM Neto, também presidente nacional do DEM. Mas se tornou desafeto do ex-prefeito ao aceitar o convite de Bolsonaro para assumir o Ministério da Cidadania, a contragosto do seu padrinho político.

“O que fica aparentando é que o ex-prefeito [ACM Neto] fica querendo utilizar o presidente Bolsonaro como amante. Ele quer os votos de Bolsonaro, mas não quer passear de mãos dadas no shopping com Bolsonaro. Isso é uma posição muito confortável”, declarou Roma ao programa BNews Agora, da rádio Piatã FM.

Roma, que é pré-candidato ao governo da Bahia pelo Republicanos, explicou que a Bahia é de suma importância nas eleições por ser um dos maiores colégios eleitorais do país e destacou que pode voltar a falar com o ex-aliado se ele estiver junto de Bolsonaro.

“Naturalmente, o presidente Bolsonaro precisa de palanque na Bahia. Se ele [ACM Neto] está disposto a estar junto com o presidente Bolsonaro nós temos diálogo, se não, é chover no molhado”, completou, destacando que a reconciliação poderia acontecer caso ACM Neto “assumisse” o mandatário.

Pré-candidatura ao governo da Bahia

Sobre a pré-candidatura ao governo da Bahia, Roma declarou que seu projeto será junto ao Republicanos e não pretende se filiar ao PL, nova sigla do presidente.

Questionado, o ministro chegou a afirmar que não “vê a hipótese de o presidente não estar disputando às eleições” de 2022.

Roma também afirmou que ele e o seu partido buscam um “projeto sintonizado” para o governo da Bahia.

“O que estamos buscando no Republicanos naturalmente é um projeto partidário, algo que esteja sintonizado. Queremos uma Bahia sintonizada com o Brasil e isso vai se dar de forma adequada, conversada, ouvindo a todos do nosso partido.”

*Com informações do Estadão Conteúdo

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