Comerciante ‘Gaúcho’ foi alvo de investigação ao ter o apelido citado em vídeo
As mortes dos jovens Nawir Brito de Jesus e Samuel Cristiano, do Amor Divino, já estão sendo investigadas pela Polícia Federal de Porto Seguro e estão gerando repercussões para inocentes.
Em vídeo que circula na internet, onde aparecem as imagens dos corpos dos jovens estirados à beira da rodovia, a pessoa que faz a filmagem fala que “o Gaúcho fez isso ai ó”. A declaração fez com que as suspeitas recaíssem sobre um comerciante de Teixeira de Freitas cujo apelido é ‘Gaucho’.
A reportagem teve acesso aos depoimentos do citado Gaúcho – cujo nome será preservado -, da mãe e da irmã de uma das vítimas. O comerciante nega qualquer participação nas mortes, até porque não tem propriedade rural invadida, portanto não tem motivação alguma para os crimes. Ele ainda se mostra estupefato com o fato de seu nome ter sido citado no vídeo, pois, no dia das mortes, ele estava em Teixeira de Freitas, distante do local dos crimes.
No depoimento da mãe de Samuel Cristiano, ela afirma que seu filho estava participando da “Retomada” de terras indígenas que hoje são ocupadas por fazendeiros, e que estava andando em companhia de Gabriel, que era uma pessoa que ela, a mãe, não gostava, “pois era envolvido com bebedeiras e coisas ruins”, afirma.
Também chegou à reportagem um Boletim de Ocorrência Policial, onde foi noticiado que, no dia de hoje, 19 de janeiro de 2023, uma propriedade rural na região, pertencente ao Gaúcho, foi atacada por pessoas armadas, que dispararam em direção aos funcionários da fazenda, que fugiram assustados.
À reportagem, o advogado que representa o Gaúcho, Dr. Almir Teófilo de Araújo Junior, informou que seu cliente está à disposição das Autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos, bem como que apoia as investigações para apurar o infeliz episódio das mortes dos jovens, ressaltando que não há nenhum elemento material concreto ligando seu cliente aos crimes.
Como comentou recentemente o político João Roma, presidente do PL estadual, o clima na região está tenso e “Não podemos permitir que, em pleno Século XXI, o Extremo Sul se transforme em bangue-bangue por oportunistas que se passam por indígenas para invadir criminosamente propriedades sob o arrepio da lei. A barbárie não pode prevalecer no estado democrático de direito”.
O GANDUZÃO continuará acompanhando o caso e seus desdobramentos.