A queda foi impulsionada pela Lei Complementar 194/22, responsável pelo reajuste das alíquotas de ICMS sobre combustíveis
Os grupos transportes e habitação registraram o maior peso na desaceleração do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) de julho, conforme informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (26), com desvalorização de 1,08% e 0,78%, respectivamente.
De acordo com o IBGE, a queda foi impulsionada pela desvalorização de 5,01% no preço da gasolina e de 8,16% no do etanol, por conta da Lei Complementar 194/22,responsável pelo reajuste das alíquotas de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e comunicações.
Com isso, ao todo o grupo transportes teve impacto no índice de 0,24 para baixo, quase anulou o do grupo alimentação e bebidas, que teve o maior impacto total (0,25).
Em relação a energia, foi registrada uma queda de ICMS em várias regiões. Em Goiânia, o ICMS recuou de 29% para 17%, resultando em uma queda de 12,02% na energia elétrica. Em Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS), os recuos nas variações mensais também foram superiores a 10%.
Levando em conta uma “prévia da inflação oficial”, o IPCA-15 caiu para 0,13% em julho ante o mês de junho, a menor variação mensal desde junho de 2020.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,79% e, em 12 meses, de 11,39%, abaixo dos 12,04% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, disse o instituto. Em julho de 2021, a taxa foi de 0,72%.