Economista explica que “os setores mais cíclicos da economia continuam em ritmo morno e em compasso de espera”
Medido pelo FGV Ibre, o Índice de Confiança Empresarial subiu 0,4 ponto em maio, indo para 91,5 pontos – 9,5 pontos abaixo do nível neutro. O crescimento compensou a queda de 0,3 ponto do mês anterior. O ICE é uma consolidação de medidores setoriais referentes a indústria, serviços, comércio e construção. De acordo com o Ibre, a confiança empresarial se acomoda em torno dos 90 pontos. A alta da confiança empresarial em maio foi determinada pela melhora de 2,0 pontos do Índice de Expectativas (IE-E), que atingiu 93,4 pontos, o melhor resultado desde outubro de 2022 (95,9 pontos).
“Houve alguma melhora das expectativas no horizonte de três meses, mas o persistente pessimismo com o rumo dos negócios no horizonte mais longo, de seis meses, e a piora das percepções sobre a situação atual impedem uma leitura mais favorável dos números agregados”,afirmou o superintendente de Estatísticas do FGV IBRE, Aloisio Campelo Jr. Em maio, a confiança empresarial subiu em 39% dos 49 segmentos integrantes do ICE, uma disseminação inferior à observada no mês anterior.
De acordo com o economista, “os setores mais cíclicos da economia continuam, portanto, em ritmo morno e em compasso de espera. Com a diminuição do pessimismo no comércio, os indicadores de confiança setoriais estão mais próximos entre eles, com a construção registrando o maior nível e o comércio ainda na pior situação”.