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Fachin afirma que Bolsonaro reconheceu derrota nas eleições

Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal, o presidente utilizou o termo “acabou” em reunião

Ministro Edson Fachin durante sessão do STF02/05/2018 REUTERS/Adriano Machado

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), reconheceu o resultado das eleições de 2022. Segundo Fachin, em reunião na Corte, Bolsonaro utilizou o termo “acabou”, o que significa que deve “olhar para a frente”.

A declaração do ministro ocorreu logo após visita do presidente ao STF. Bolsonaro se reuniu com Rosa Weber, presidente do STF, e outros ministros do Supremo. Os únicos ausentes foram Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, que não estão em Brasília, segundo o STF, e Cármen Lúcia que saiu do gabinete de Weber minutos antes da chegada do presidente.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, também compareceu à reunião. O encontro ocorreu pouco depois do pronunciamento de Bolsonaro no Palácio da Alvorada.

Derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o atual presidente falou pela primeira vez nesta terça-feira (1º), depois de mais de 44 horas de silêncio após a divulgação do resultado do segundo turno.

Em nota, o STF ressaltou a importância do pronunciamento de Bolsonaro. “O Supremo Tribunal Federal consigna a importância do pronunciamento do Presidente da República em garantir o direito de ir e vir em relação aos bloqueios e, ao determinar o início da transição, reconhecer o resultado final das eleições”.

Na sua manifestação, Bolsonaro agradeceu aos seus votos, disse que cumprirá a Constituição e que os protestos que bloqueiam estradas são sentimentos de injustiça sobre o processo eleitoral.

“Os atuais movimentos populares são frutos de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser como os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como a invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, declarou o presidente.

SIEL GUINCHOS

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