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EUA registram mais de 500 casos de coronavírus

Em meio ao aumento no número de casos no país, Donald Trump defende a resposta de seu governo à emergência sanitária.

O número de casos confirmados pelo coronavírus nos Estados Unidos superou neste domingo (8) os 500. Uma contagem da Universidade Johns Hopkins elevou a 537 o número de casos após a confirmação do diagnóstico na Pensilvânia, em Illinois, Massachusetts, Connecticut e Nova Jersey.

O vírus chegou a 34 dos 50 estados americanos e matou pelo menos 22 pessoas. A capital americana anunciou o primeiro caso no sábado (7) e Califórnia, Nova York e Oregon estão em estado de emergência.

Mesmo assim, o presidente Donald Trump defende a resposta “perfeitamente coordenada” dos Estados Unidos ao novo coronavírus. Em meio a críticas pelos cortes na saúde e erros estratégicos que não conseguiram deter sua rápida propagação, ele publicou em suas redes sociais neste domingo (8) que os meios de comunicação tentam fazer com que seu governo “ficar mal” à medida que aumentam as críticas pelos mais de 500 casos registrados.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse que as autoridades federais de saúde tinham sido “pegas de surpresa” e bloqueado a capacidade individual dos estados de responder. “Suas mensagens estão por todas as partes, francamente”, disse à Fox News.

Trump foi duramente criticado por contradizer reiteradamente os conselhos de especialistas de sua administração em seus pronunciamentos públicos sobre o coronavírus. O presidente minimizou a ameaça representada pela epidemia, que já matou mais de 3.500 pessoas desde o início de janeiro, sugerindo que os casos estavam “diminuindo substancialmente, não subindo”.

Também prometeu falsamente que em breve estaria disponível e assegurou, sem ter provas, que a estimativa oficial da taxa de mortalidade era “falsa”. Desde o começo de fevereiro, o governo Trump se concentrou em bloquear as viagens da China e impor quarentenas em um esforço por manter o vírus fora dos Estados Unidos.

Os epidemiologistas asseguram que o esforço de contenção inicial pode ter atrasado a chegada do vírus, mas acusam a Casa Branca de perder tempo com uma estratégia mais ligada à narrativa política do que ao preparo interno.

A principal queixa é a falta de testes provocada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) que desenvolvem seus próprios kits defeituosos, ao invés de usar os aprovados pela Organização Mundial da Saúde. Os críticos também destacam profundos cortes nos CDC.

Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, disse à rede americana NBC que os funcionários estavam “acelerando drasticamente” os testes de coronavírus.

Operação de desembarque
Está previsto para segunda-feira (9) o início do desembarque dos passageiros do navio de cruzeiro Grand Princess. O navio está fundeado em frente à costa da Califórnia, devido a um surto do coronavírus com 21 infectados entre as 3.500 pessoas a bordo.

Em uma operação sem precedentes, espera-se que os passageiros desembarquem em Oakland. A operação para levar os passageiros a terra firme exigirá dois ou três dias, disse o governador da Califórnia, Gavin Newsom, em coletiva de imprensa. Os passageiros “não serão liberados com o público geral”, mas serão transferidos a hospitais para receber tratamento ou a “instalações de isolamento” federais na Califórnia, Texas e Geórgia, disseram funcionários neste domingo. Centenas de passageiros estrangeiros serão repatriados.

Após permanecerem quatro dias confinados. Carolyn Wright, passageira do Grand Princess, disse à AFP que as pessoas assintomáticas puderam sair neste domingo de seus camarotes pela primeira vez desde a quinta-feira (5).

(Com AFP)

SIEL GUINCHOS

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