Mandados contra atos irregulares cometidos durante a aplicação de provas foram cumpridos em Fortaleza
A Polícia Federal (PF) deflagrou, neste sábado (9), uma operação para investigar atos irregulares cometidos durante a aplicação de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Batizada de Thoth, a operação tinha objetivo de buscar provas sobre problemas que teriam acontecido no último domingo (3), quando aconteceram as provas de Linguagens, Ciências Humanas e Redação.
De acordo com a assessoria da PF, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão expedidos pela 12ª Vara Federal de Fortaleza, nas casas de aplicadoras dos exames. Elas são suspeitas de ter cometido os atos irregulares e foram identificadas após um levantamento feito em cooperação com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Embora os mandados tenham sido cumpridos em Fortaleza, a PF informou que continua investigando, com o apoio do Inep, casos relatados na Bahia e no Rio de Janeiro.
Fraude
No Ceará, as investigações devem continuar para apurar as circunstâncias do caso. Os celulares das duas aplicadoras foram apreendidos e devem ser submetidos à perícia.
As mulheres podem ser indiciadas pelo crime de Fraude em Certames de Interesse Público. Se forem condenadas, podem receber até cinco anos de prisão, além de multa.
A operação recebeu o nome de Thoth, que é o deus egípcio da escrita e da sabedoria. Os egípcios acreditavam que ele foi o criados dos Hieróglifos, caracteres utilizados para a escrita no Egito antigo. O deus egípcio ainda era conhecedor da matemática, astronomia, magia e representava todos os conhecimentos científicos.
O segundo dia de provas do Enem acontece neste domingo (10). Os alunos serão avaliados nas áreas de Ciências da Natureza e Matemática.