Previsões viabilizadas pelo estudo dão conta que o mercado apoiado pela Arena deve movimentar R$ 574 milhões em 2019.
O estudo do impacto econômico da Arena Fonte Nova para o estado da Bahia, realizado pelo Instituto Miguel Calmon (IMIC), foi apresentado no auditório da Associação Comercial da Bahia, na noite de quinta-feira (30). A concessão do equipamento, viabilizada pela Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo do Estado e Arena, foi responsável pela movimentação de R$ 845 milhões, somente no biênio 2017/2018.
Presente no evento, o secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Davidson Magalhães, destacou o acerto do Estado em fazer a parceria e o caráter transparente do acordo. “Salvador é uma cidade de serviços, e esse estudo demonstra que foi acertada a estratégia do governo baiano de ter aportado, via PPP, a instalação de um equipamento tão importante para as atividades de serviços e de turismo da capital, que têm reflexo para a economia de todo o estado”, afirmou.PUBLICIDADE
No estudo, que foi iniciado em outubro de 2018 e finalizado em março de 2019, foram contabilizadas receitas diretamente relacionadas à Arena, tais como bilheteria, vendas de bebidas e alimentos e patrocínio, além de indiretas, geradas, por exemplo, por shows nacionais e internacionais, refletidas no setor hoteleiro, de bares e restaurantes, transportes, dentre outros.
O consultor do IMIC responsável pela pesquisa, o economista Pablo Souza, destacou que “o mercado que a Arena apoia foi identificado utilizando fontes como Salvador Destination, trade turístico e setor de transportes, expandindo o conceito utilizado anteriormente, que era da catraca para dentro. Shows, eventos de negócios, a Campus Party, tudo isso gerou grande movimentação”.
O presidente da Arena Fonte Nova, Dênio Cidreira, contou que já havia um grande retorno de baianos e de pessoas de fora sobre o dinamismo do equipamento e o respectivo impacto nos diferentes nichos. “O estudo veio para transformar essa percepção em números, por meio de um estudo muito criterioso. A Arena está atingindo, agora, com seis anos, o estágio de maturidade, já que se trata de um projeto de longo prazo e que a evolução deve ser ainda muito maior”, avaliou.
Copa América
Ainda de acordo com o levantamento, a tendência é que, em 2019, os valores resultantes de transações financeiras estimuladas pelas atividades promovidas na Arena superem em 36% a média dos dois anos anteriores. Previsões viabilizadas pelo estudo dão conta que o mercado apoiado pela Arena deve movimentar R$ 574 milhões em 2019.
Um dos motivos é a Copa América. A Arena Fonte Nova é o único equipamento do eixo Norte/Nordeste a sediar jogos da 46ª edição da competição internacional. Além dos dez países membros da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) – Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela – a competição tem como convidados o Japão e o Catar.
Arena
Inaugurada em 2013, a Arena Fonte Nova é o principal equipamento multiuso do território estadual e um dos mais versáteis de todo o Brasil. Durante a Copa do Mundo de 2014, foi considerada pelos torcedores como a melhor arena da competição.
No currículo, outros reconhecimentos expressivos. O equipamento foi o primeiro do mundo a receber a Certificação Internacional de Qualidade ISO 9001 do Sistema de Gestão de Qualidade para o Escopo de Construção de Arenas Multiuso e também se sagrou como primeiro complexo brasileiro a conquistar a categoria Prata na Certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design).