Para muita gente, ter um carro elétrico é um sonho. Imagine só, não ter que se preocupar em passar no posto de combustível ou ficar fazendo contas para saber se vale a pena encher o tanque com etanol ou gasolina. Mas há
uma razão para essa realidade ainda estar longe para muita gente: o preço.
Comprar um carro movido a eletricidade ainda é coisa para poucos no Brasil. No último levantamento feito pela FGV Energia, até o fim de 2016, apenas 3.800 carros híbridos e elétricos circulavam nas ruas do país, que tem uma frota
total de 43 milhões de veículos. A associação brasileira dos fabricantes de veículos do país (Anfavea) estima que, até 2020, o número suba para até 40 mil.
O principal impasse no momento é a falta de incentivos fiscais. Países como França, Portugal, Espanha e alguns estados dos EUA reduziram drasticamente os tributos para a fabricação e compra de carros que usam eletricidade. Isso ajudou a torná-los (um pouco) mais acessíveis e garantiu que as marcas pudessem investir ainda mais nas tecnologias. Tudo isso também motivado pelo acordo de Paris, que prevê uma grande redução nas emissões de
gases de efeito estufa de todos os países signatários até 2030.
Embora o Brasil tenha feito pouco para incentivar os carros elétricos, o governo se comprometeu a reduzir em 37% as emissões de carbono até 2025 e em 43% até 2030. Especialistas concordam que os números serão difíceis de
alcançar sem a ajuda de novas tecnologias para a frota de veículos nacionais. A bateria também pesa na conta. Ela representa cerca de 40% do preço total do carro e a tecnologia ainda é muito recente. Para você ter uma ideia, as
baterias modernas de íons de lítio só começaram a se tornar realidade há coisa de 10 anos, com os notebooks de alta durabilidade. E o investimento para torná-las mais duráveis e leves é alto.
Mas quanto tudo isso pesa no bolso do dono? Com o sobe e desce de preços nos postos de gasolina atualmente, é difícil calcular o custo por km de um carro a gasolina. Mas um carro 100% elétrico vai gastar cerca de 12 centavos
para cada quilômetro rodado.
Na tabela abaixo, você vê uma comparação que fizemos entre um carro elétrico, um híbrido (com motor elétrico e a combustão) e o atual carro a combustão flex mais econômico do mercado.