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Cidades na Bahia têm clima de deserto e população sofre com temperaturas acima dos 40º; dicas ajudam a evitar prejuízos à saúde

Municípios têm médias de umidade do ar comparáveis com desertos como Saara, Atacama, Gobi e Sonora.

Homem bebendo água no calor — Foto: Rede Amazônica

Moradores de dezenas de cidades da Bahia têm sofrido com as altas temperaturas, que chegam a passar dos 40º. Com umidade relativa do ar variando entre 10 e 20%, os municípios estão com clima considerado desértico, que é prejudicial ao corpo humano, segundo a Organização Mundial da Saúde.

As cidades ficam concentradas principalmente no oeste baiano. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou máximas de 42º em municípios como Morpará, Barra, Ibotirama e Brejolândia – onde a umidade do ar chegou em 10%.

Esse índice de umidade é menor do que a média encontrada no Deserto do Saara, que corta 10 países africanos. Nele, a umidade relativa do ar fica em torno de 12%. Em contrapartida, o percentual de 10% é semelhante ao do Deserto de Atacama, no Chile.

Em Muquém de São Francisco a temperatura também chegou a 42º, com umidade em 15%. O mesmo percentual foi registrado em Barreiras, onde os termômetros marcaram 41º – temperatura que se repetiu em WanderleyAngical e Bom Jesus da Lapa, que tiveram índice de umidade em 20%.

Também com umidade em 15%, a cidade de Formosa do Rio Preto atingiu 40º de máxima. Esse índice é comparável ao Deserto de Gobi, que corta a China e a Mongólia, com o mesmo percentual, e o Deserto de Sonora, entre os Estados Unidos e o México, com umidade de 14%.

📢 As altas temperaturas aliadas à baixa umidade do ar são um perigo real à saúde. Além de causar desconforto nos olhos, boca, nariz e pele, também podem levar a danos mais graves e até mesmo irreversíveis, como a desidratação, insolação, aumento da frequência cardíaca, diminui a circulação sanguínea para o coração e até causar infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

Calor intenso será mais frequente na primavera e acende alerta para riscos de derrame e infarto — Foto: CRIS FAGA/ESTADÃO CONTEÚDO

Para evitar prejuízos à saúde:

  • 🥤 Beba bastante líquido e evite álcool e café, pois desidratam;
  • 🧘‍♀️ Evite atividades físicas intensas e ao ar livre;
  • ☂️ Evite exposição ao sol nas horas mais quentes do dia. Se for inevitável, improvise um guarda-chuva para sair a céu aberto;
  • 🧴 Use protetor solar, inclusive em casa;
  • 🚿 Aplique hidratante para pele e umidifique o ambiente – baldes de água espalhados pela casa ajudam;
  • 🩳 Prefira roupas leves e folgadas;
  • ⛲️ Opte por ficar em locais frescos e ventilados.

🚨 Em caso de sintomas como tontura, náusea ou dor de cabeça, busque um local fresco e tente repousar. Caso os sintomas persistam, procure atendimento médico. Públicos específicos estão mais propensos a sofrer problemas relacionados ao calor. São eles:

  • 👵 Idosos: eles têm uma menor capacidade de suar, que é o mecanismo usado pelo corpo para se resfriar. Além disso, os idosos também estão mais suscetíveis à desidratação, porque têm um percentual menor quantidade de água no corpo.
  • 👶 Bebês e crianças: os pequenos têm o metabolismo mais acelerado, ou seja: produzem mais calor. Além disso, o sistema de controle de temperatura corporal das crianças é menos desenvolvido do que o dos adultos.
  • 👩‍⚕️ Pessoas doentes ou debilitadas: enfermidades como diabetes, doenças cardíacas ou pulmonares podem prejudicar a capacidade do corpo de regular a temperatura.

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