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Brasileiro lança marca (pioneira no mundo!) de cosméticos feitos com resíduos de cacau

Foto: reprodução

Quem diria que as cascas do cacau, que sobram aos montes no processo de fabricação de chocolates, poderiam ajudar a combater rugas! A descoberta foi feita pelo químico Fábio Neves dos Santos, quando pesquisava para sua tese de doutorado sobre micro-organismos que adoecem plantações de cacau.

O pesquisador foi a campo para conhecer de perto o trabalho feito nas fazendas da Bahia, região que mais produz cacau no Brasil, e saiu de lá inconformado com a quantidade de resíduos (sobretudo cascas!) gerados no processo de extração da amêndoa, que é a parte do cacau usada pela indústria para fazer o chocolate.

Com as malas cheias de “amostras grátis” desses resíduos, Fábio voltou para Campinas, em São Paulo, onde estudava, decidido a encontrar uma forma (rentável!) de reutilizar esses restos descartados pela agroindústria. E encontrou! Ele descobriu nos resíduos compostos bioativos, altos teores de vitamina C, proteínas, peptídeos, lignina, celulose e minerais – como cálcio, ferro, magnésio, manganês, sódio e zinco. Um prato cheio para a produção de cosméticos naturais!

Muitos anos e estudos depois, surge a Cacaus Biocosmetics, marca (pioneira no mundo!) de cosméticos feitos com resíduos de cacau – e que ainda são biodegradáveis, o que significa que não poluem o meio ambiente quando descartados, como acontece com os cosméticos convencionais.

Por enquanto, dois produtos da marca estão em fase inicial de comercialização – um creme facial antioxidante e uma loção corporal, que passaram por testes de irritação cutânea para assegurar sua segurança, bem como por testes de proliferação e regeneração celular, apresentando resultados bastante positivos.

O plano agora é expandir a cartela de produtos da marca e dar início à produção em larga escala, tendo como principais parceiros os produtores baianos de cacau, que poderão ter uma fonte de renda extra a partir da venda dos resíduos de seu processo produtivo, que tinham a lata do lixo como destino certo. Nada mal, não?

Fonte: https://thegreenestpost.com/

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