Estudante Anna Luisa Beserra, de 21 anos, desenvolveu um projeto sustentável para ajudar pessoas do semiárido que não têm acesso à água potável.
Um sonho de criança que agora ganha o mundo. A baiana Anna Luisa Beserra desde pequena brincava de fazer experimentos com materiais de fácil acesso que encontrava pela rua. A criança sonhadora, nascida em Salvador e moradora da Cidade Baixa, no bairro da Ribeira, não desperdiçou as oportunidades que surgiram em sua vida. Hoje, aos 21 anos, a garota que sonhava em ser uma grande cientista receberá, no próximo dia 26 de setembro, o prêmio de Jovens Campeões da Terra, oferecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A ideia do Aqualuz, segundo ela, surgiu ainda no Ensino Médio. “Estávamos em 2013. Vi um cartaz sobre o Prêmio Jovem Cientista e como era o Ano Internacional de Cooperação pela Água, pensei em concorrer.”, conta a jovem. Naquele ano não teve premiação, mas a jovem não desistiu fácil. “Mesmo não ganhando o prêmio, percebi o quanto o Aqualuz era importante para mim. Na escola discutíamos muito sobre as condições do semiárido do Nordeste e o pouco acesso que o povo tinha a água potável me sensibilizava e foi o que me motivou a continuar pesquisando. Eu precisava fazer algo para mudar.”, relata a estudante.
Em 2015, Anna passou no vestibular da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Ingressou no curso de Biotecnologia e seguiu com o sonho. “Eu estava tão apaixonada pelo projeto que decidi aprimorá-lo. Sabia o quanto seria importante na minha vida um dia”. Na faculdade, a jovem começou a entender que o Aqualuz poderia tomar proporções maiores e passou a enxergá-lo como uma startup. A partir disso, ela mesma criou o Safe Drinking Water For All (SDW), uma startup socioambiental, que nasceu em 2015, e hoje possui o reconhecimento da ONU.