A Bahia recebe entre os dias 8 e 10 de agosto, no Senai Cimatec, a primeira edição da Feira de Soluções para Saúde e do Seminário Internacional da Unicef: Zika e Infância. O evento, inédito no país, reune comunidade científica, indústria, setor público e sociedade civil para a apresentação de produtos, serviços e ações voltados para o combate, prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypt, como Zika, Dengue e Chikungunya.
“Vamos reunir os maiores estudiosos do mundo sobre o tema para discutir, analisar e pensar em soluções. Será um intercâmbio de conhecimento para orientar a continuação dos estudos e formulação de novas tecnologias de enfrentamento”, afirma o secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas Boas.
A iniciativa é resultado da parceria entre Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). A Bahia foi escolhida para ser sede do evento por concentrar experiências exitosas sobre o tema, a exemplo dos testes rápidos para diagnóstico das três doenças, que são produzidos e distribuídos pelo laboratório público do Estado, a Bahiafarma, para todo o Brasil, garantindo o diagnóstico em até 20 minutos.
Os testes rápidos são alguns dos destaques que serão apresentados na Feira de Soluções para Saúde. Outra solução desenvolvida pelo Governo do Estado no enfrentamento ao aedes aegypti é o aplicativo Caça Mosquito. O software, disponível para dispositivos móveis Android ou iOS, recebe denúncias de focos do mosquito transmissor das doenças.
“Os principais estudiosos vão se reunir aqui em Salvador para discutir o tema. As principais tecnologias que tiveram êxito serão apresentadas no sentido de ajudar a pensar melhor sobre as estratégias de enfrentamento. A partir da Feira, novas soluções podem surgir e outras podem ser aperfeiçoadas”, explica o coordenador geral da Fiocruz, Wagner Martins.
Lançado em dezembro do ano passado, o Centro para Integração de Dados e Conhecimento para Saúde (Cidacs), instalado no Parque Tecnológico da Bahia, também vai contribuir com as discussões. O Cidacs possui um servidor big data que cruza dados de instituições de pesquisa como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Universidade Federal da Bahia (Ufba) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre saúde pública. As informações armazenadas nos últimos seis meses servirão como base para análise.
Interessados em compartilhar projetos, participar dos debates e conhecer as experiências relacionadas ao combate ao aedes aegypti devem se cadastrar no site da Feira.