Após o Reino Unido liberar que milhões de crianças voltassem às escolas sem a obrigatoriedade do uso de máscaras no início de setembro, o resultado foi 186 mil alunos, que faltaram às aulas no último dia 30 com casos confirmados ou suspeitos de infecção pelo coronavírus. A alta representa um salto de 78% frente ao número relatado em 16 de setembro.
Como relata o New York Times, há especialistas que defendem a liberação adotada pelo governo britânico, pois dizem que permitiu que a maioria dos alunos tivesse, novamente, uma experiência escolar normal. Já os críticos alertam que as crianças estão sendo expostas a “riscos inaceitáveis”. O Reino Unido permite que os jovens de até 13 anos frequentem as escolas com ao menos uma dose de vacina contra a covid-19.
Os números de casos registrados diariamente estão menores do que quando as escolas foram abertas no início de setembro. É um sinal de que, graças à vacinação mais ampla da população adulta, a volta às aulas não vai ter efeito negativo.
O Reino Unido também mostra contraste forte em relação a outros países, que ainda não liberaram o uso de máscara em escolas, como Itália, Espanha e França. Nos Estados Unidos, por exemplo, o item de proteção é amplamente exigido, mas também tem sido objeto de discussões políticas entre autoridades estaduais e federais.
Sindicatos do setor de educação do Reino Unido pediram no sábado, 09, que o governo restabeleça as medidas de segurança nas escolas para evitar novas interrupções de aulas.