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Para aliados, pesquisa reflete sentimento popular

Políticos como Rui Costa, Pelegrino e Alice Portugal defenderam presença de Lula no pleito.

Por Henrique Brinco

O governador Rui Costa (PT) comentou ontem a pesquisa Datafolha, onde Jaques Wagner (PT) aparece como possível presidenciável na corrida eleitoral de 2018. Questionado se pode haver uma transferência de votos do ex-presidente Lula para o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, caso haja a troca de candidaturas, o governador continuou defendendo a campanha do ex-presidente.  “Acho que a definição até aqui tem sido e continuará sendo pela manutenção da candidatura do presidente Lula. O Lula continua, apesar do julgamento, liderando no primeiro e no segundo turno. Isso demonstra a força, não só do presidente Lula, mas de uma proposta”, declarou. Para o petista, o resultado reforça a tese de que a população apoia a candidatura do ex-presidente.

“O povo brasileiro está afirmando que quer uma proposta que harmonize o país, que desenvolva, que gere emprego, que construa casa e que o Brasil volte a crescer. Por isso a maioria entende hoje que o ex-presidente Lula fez isso por oito anos e pode voltar a fazer. Acho que o presidente reúne as condições de fazer o Brasil voltar a crescer. E torço para que as condições jurídicas permitam ele ser candidato”, completou. O deputado federal Nelson Pelegrino (PT) criticou o levantamento e afirmou que seria uma irresponsabilidade tirar Lula da campanha. “É uma irresponsabilidade afastar da disputa eleitoral o principal candidato, que não cometeu nenhum crime e não tem prova. […] Sem Lula na disputa, quem lidera são os votos nulos. Depois é que vem o Bolsonaro”, declarou. “Não podemos ter plano B, quando temos o plano A, que é um ex-presidente que lidera as pesquisas em todos os cenários. Então, nós vamos até o fim”, disse.

A deputada Alice Portugal (PCdoB) afirmou que, mesmo com a legenda tendo um nome próprio para a corrida ao Planalto, vai continuar apoiando o ex-presidente. “A pesquisa demonstra exatamente que a população brasileira rejeita de maneira profunda o governo Temer e os movimentos de impedimento a democracia plena. E nós do PCdoB, que temos uma pré-candidatura com Manuela D’Ávila, defendemos de maneira forte a candidatura do ex-presidente Lula”, disse à Tribuna. Ontem, em entrevista ao Aratu Online, Wagner cravou a candidatura ao Senado na Bahia. “Sou candidato a senador para fortalecer o trabalho pela Bahia, ao lado do governador Rui e do vice João Leão. Vamos ver quem completa a nossa chapa”.

“Acho legítimo e natural”, diz Rui sobre pressão de Lídice e Alice

O governador considerou “legítimo” o lançamento do movimento de mulheres em defesa da democracia, liderado pela senadora Lídice da Mata (PSB), juntamente com a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) e a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT). “Acho legitimo e natural. Estranho seria se ocorresse o inverso, mulheres que não desejassem ter uma mulher na chapa. Faz parte do processo de convencimento”, assinalou.

Lídice e Alice batem o pé querem uma vaga na chapa majoritária encabeçada por Rui Costa. A primeira, inclusive, já anunciou que será candidata pelo PSB com ou sem o apoio do Palácio de Ondina. Já a segunda está empolgada com o bom resultado das pesquisas de intenção de voto. Rui declarou que a prioridade da chapa, por enquanto, é do PT, PP e PSD. Wagner e Ângelo Coronel (PSD) devem sair ao Senado. Vale ressaltar que Lídice conta com o apoio da militância para ganhar votos na eleição, em uma possível dobradinha “oculta” com Wagner – caso ele não seja candidato. A socialista acredita que a esquerda baiana dificilmente deve dar votos ao presidente da Assembleia Legislativa da Bahia.

 

Fonte: Tribuna da Bahia

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