Do total de ocorrências confirmadas, 11 são pacientes do sexo masculino e um feminino
Salvador registrou, nesta sexta-feira, 29, o 12º caso confirmado da “Monkeypox”, doença conhecida como “varíola dos macacos”. São duas confirmações a mais desde a última atualização na quinta-feira, 4, que constava 10 ocorrências.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), do total de casos confirmados, 11 são pacientes do sexo masculino e um feminino. Outros 76 casos seguem sob investigação na capital baiana.
Conforme a SMS, a partir de segunda-feira, 8, o plano de ação montado pela Prefeitura de Salvador contará com 28 unidades básicas de referência para atendimento e coleta laboratorial, além de 16 unidades de urgência e emergência. A lista de unidades básicas de referência para atendimento e a coleta será publicada no site oficial da SMS e Prefeitura e mídias sociais, com atualização periódica
A pasta orienta que pessoas com algum dos sintomas procurem uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Após a definição do caso como “Suspeito”, “Provável” ou “Confirmado”, o paciente é encaminhado para isolamento e, com a ocorrência de sinais de gravidade, em geral para grupos de risco, é realizada a internação hospitalar. Para aqueles cuja gravidade não for constatada, a indicação será para isolamento domiciliar.
No processo, também será realizado o rastreamento de contatos próximos, para descobrir novos possíveis infectados. A SMS diz que haverá ainda etapas de monitoramento e reavaliação clínica dos casos detectados.
Sintomas
A SMS reforça que os sintomas mais frequentes da varíola dos macacos são febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos, calafrios e exaustão. A erupção geralmente se desenvolve no período de 1 a 3 dias após a febre. Os casos recentemente detectados apresentaram uma preponderância de lesões na área genital. A erupção cutânea passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai.
Considerada como uma doença autolimitada, a varíola dos macacos apresenta sintomas que duram de 2 a 4 semanas. Seu período de incubação vai de 6 a 13 dias, podendo variar de 5 a 21 dias. A transmissão de humano para humano pode resultar de contato próximo com fluidos corporais, lesões na pele de uma pessoa infectada ou objetos e superfícies recentemente contaminadas.
As autoridades sanitárias afirmam ainda que a transmissão também pode ocorrer através da placenta da mãe para o feto (o que pode levar à varíola congênita) ou durante o contato próximo durante e após o nascimento. Já a transmissão de animal para humano (zoonótica), por sua vez, pode ocorrer por contato direto com sangue, fluidos corporais ou lesões cutâneas ou mucosas de animais infectados.
Ainda não existem medicamentos antivirais específicos ou vacina contra a infecção. As medidas de suporte devem ser implementadas de acordo com a sintomatologia dos usuários e indicação médica. Como forma de prevenção coletiva é sugerida a realização de atividades de educação e comunicação em saúde; lavagem das mãos com água e sabão ou utilizar álcool a 70%; e utilização de máscara cirúrgica de acordo com os protocolos.
Além disso, é necessário evitar tocar olhos, nariz e boca; evitar contato físico próximo com as pessoas; reduzir o número de parceiros (as) sexuais e realizar etiqueta respiratória. No caso de pessoas com varíola dos macacos, é essencial manter isolamento domiciliar; evitar tocar nas feridas e levar as mãos à boca e/ou aos olhos; evitar romper as bolhas; realizar a higienização da pele e das lesões com água e sabão; e limpar e desinfetar objetos e superfícies.