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Paciente tratada no CDRJ fala como é viver com doença renal; conheça os fatores de risco e saiba como se prevenir

Telma Coelho, de 57 anos, é uma das pacientes do Centro de Doenças Renais de Jequié (CDRJ). Moradora de Maracás, no centro-sul da Bahia, ela atravessa semanalmente 91 km para tratar uma condição crônica. Diagnosticada com doença renal, é atendida em um dos maiores programas de hemodiálise do interior do estado.

O primeiro sinal de alerta surgiu em 2003, quando ela foi diagnosticada com hipertensão arterial. Após realizar mais exames, Telma descobriu que seus rins já estavam comprometidos. São 20 anos de tratamento contínuo no CDRJ desde então, com sessões de hemodiálise três vezes por semana, cada uma com duração superior a três horas.

No Centro, a maracaense encontra o acompanhamento de nefrologistas, nutricionista, farmacêutico, psicóloga, enfermeiros e assistente social. “Graças a Deus e aos cuidados dos profissionais do CDRJ, me sinto uma paciente estável. Sempre fiz o meu tratamento bem, nunca tive intercorrências e os meus exames estão sempre bons. Não é fácil, mas a gente acaba se acostumando. Hoje eu me sinto uma pessoa feliz”, afirma. Sobre o futuro, ela mantém a fé de encontrar um órgão compatível. “Eu tenho esperança de fazer o transplante, tenho conversado muito com Deus. Que seja feita a vontade dEle”.

A experiência de Telma reflete o cuidado contínuo prestado no Centro de Doenças Renais de Jequié. Diretor da instituição e também nefrologista, o médico Dr. Almir Alexandrino do Nascimento destaca os pontos altos da assistência. “Contamos com uma equipe multidisciplinar altamente capacitada para acompanhar os pacientes em todas as fases do tratamento, por todo o tempo que precisarem, inclusive após o transplante. O CDRJ é equipado com aparelhos modernos e passará por uma reforma para ampliar a capacidade de atendimento, sempre com foco na qualidade de vida dos nossos pacientes”.

Sobre o Centro de Doenças Renais de Jequié (CDRJ)

Fundado em 1996, o espaço é referência no tratamento de doenças renais no interior da Bahia. Com sede em Jequié, atende pacientes de mais de 26 municípios (tais como Ipiaú, Brejões, Jaguaquara, Ibirataia, Ubatã e Dário Meira). A clínica é reconhecida pelo atendimento humanizado, pela equipe especializada e pela estrutura de ponta, incluindo uma estação própria de tratamento de água, produção de concentrados e máquinas de hemodiálise importadas. Com mais de 330 pacientes regulares, grande parte usuários do SUS, a unidade atende à demanda de toda a região e ainda dispõe de 24 vagas ociosas para novos pacientes. Em busca do aprimoramento contínuo, a instituição irá implantar, até 2026, um plano de modernização que inclui a ampliação da capacidade de atendimento em 40%. Desta forma, o CDRJ reafirma o seu compromisso com a saúde.

Doenças renais: fatores de risco e prevenção

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, cerca de 10% da população mundial têm algum grau de perda de função renal. A hipertensão arterial, o diabetes e o histórico familiar da doença são os principais fatores de risco para o agravamento.

A prevenção passa por hábitos saudáveis, por isso, é fundamental praticar atividade física; beber água adequadamente; manter uma alimentação equilibrada; evitar álcool e cigarro; usar sal e açúcar com moderação, controlar o peso e ter cautela no uso de anti-inflamatórios. O exame de rotina conhecido como ‘creatinina’ é grande aliado da saúde dos rins, ao permitir a detecção precoce de possíveis complicações.

 

 

 

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