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Ações de bancos aprofundam perdas desde início da crise da Americanas

Escândalo veio num momento em que os bancos, ainda que em medidas diferentes, já enfrentavam ceticismo dos investidores

As ações dos grandes bancos brasileiros ampliaram suas perdas na B3 desde que a Americanas comunicou ao mercado, no último dia 11, que havia encontrado ‘inconsistências contábeis’ no seu balanço. Desde então, a varejista e as maiores companhias do setor financeiro local, suas credoras, batalham na justiça para determinar responsabilidades.

O escândalo veio num momento em que os bancos, ainda que em medidas diferentes, já enfrentavam ceticismo dos investidores por conta de fatores microeconômicos, como o aumento da inadimplência, e macro, na medida em que discussões políticas de temas como reforma tributária, independência do Banco Central e o papel dos bancos públicos na concessão de crédito diminuem a visibilidade do setor.

Assim, entre o dia 12 e o fechamento desta sexta-feira (27), Itaú ON recuou 2,87%, Santander units caiu 5,86%, Bradesco PN cedeu 10,39% e BTG Pactual units registrou perdas de 7,11%. A exceção foi Banco do Brasil ON, que subiu 12,96% no período conforme investidores leram as primeiras indicações da nova gestão, como payout (política de dividendos) e montagem da equipe, como positivas.

Na sessão de hoje, o setor acompanhou o movimento negativo do Ibovespa e volta a apontar para o campo negativo. Enquanto o índice caiu 1,63%, a 112.316 pontos, Itaú PN caiu 2,32%, Bradesco PN recuava 2,97%, Santander units teve queda de 0,49%, Banco do Brasil ON perdeu 1,11% e BTG Pactual units cedeu 2,22%.

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