Durante uma palestra realizada pela maçonaria, em Brasília, nessa sexta-feira (15), Mourão disse que “companheiros do Alto Comando do Exército” podem adotar medida drástica.
Caso o problema político do Brasil não seja resolvido, o general da ativa no Exército, Antonio Hamilton Mourão, que também é secretário de Economia e Finanças da Força, não descartou uma possível “intervenção militar” no Brasil. Durante uma palestra realizada pela maçonaria, em Brasília, nessa sexta-feira (15), Mourão disse que “companheiros do Alto Comando do Exército” podem adotar medida drástica se casos de corrupção continuem desenfreados no país.
Na ocasião, de acordo com a Folha de S. Paulo, ele destacou que poderá chegar a um momento em que os militares terão que impor a ação militar. No entanto, avaliou, que “não será fácil”. Ele também adiantou que não acontecerá agora, porém, poderá ocorrer depois de “aproximações sucessivas”.
“Até chegar o momento em que ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso”, enfatizou Mourão, acrescentando que o Exército teria “planejamentos muito bem feitos” sobre o assunto. Nenhum detalhe sobre o tema foi mencionado.
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Histórico
Mourão fazia parte do Comando Militar Sul, em Porto Alegre, mas foi demitido pelo comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas. Em seguida, ele foi transferido para Brasília. Lá, ocupou cargo burocrático e sem comando sobre topas armadas depois de criticar o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.