O aquecimento global avança de maneira ampla e persistente, conforme alerta a mais recente previsão sazonal divulgada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). Segundo o relatório, praticamente todo o planeta enfrentará temperaturas superiores à média histórica entre maio e julho de 2025.
A análise foi feita a partir da combinação de nove modelos climáticos, desenvolvidos por centros meteorológicos internacionais, e indica que o aquecimento global continua forte e disseminado, mesmo sem a presença de fenômenos típicos como o El Niño.
O levantamento aponta que a superfície do mar estará mais quente em quase todos os oceanos, especialmente no Atlântico Tropical, no Oceano Índico e nas extremidades leste e oeste do Pacífico. Embora o Pacífico central deva permanecer em situação de neutralidade, o aquecimento nas demais áreas impactará diretamente as condições climáticas em terra firme.
Com os oceanos aquecidos, a tendência é que as temperaturas permaneçam acima da média em quase todas as regiões continentais. O relatório chama atenção para a extensão e a diversidade das áreas afetadas, evidenciando a gravidade da crise climática.
No Brasil, a probabilidade de temperaturas acima da média ultrapassa 70% em grande parte do território, com destaque para as regiões Sudeste, Nordeste e Norte.
Em relação às chuvas, o cenário é de alterações significativas: a previsão indica redução das precipitações em áreas críticas como:
Costa oeste da América do Sul (incluindo o Nordeste brasileiro); América Central; Oeste dos Estados Unidos; Atlântico Equatorial; Sul da América do Sul; Pacífico Equatorial.
Em contraste, regiões como o subcontinente indiano, partes da Ásia Oriental, África equatorial e o noroeste da América do Sul devem registrar aumento nas chuvas.