A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (19) quatro militares e um policial federal acusados de planejar um golpe de Estado para eliminar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Após as eleições de 2022. Os militares presos são das forças especiais do Exército, os chamados ‘kids pretos.
A operação da Polícia Federal, denominada ‘Contragolpe’, foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal e investiga a tentativa de golpe de estado e os atos antidemocráticos que culminaram com os atos terroristas de 8 de janeiro de 2023.
Um dos presos na operação já foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, em 2022, e atualmente é assessor do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
A PF chegou a esses nomes com dados retirados de computadores e celulares apreendidos do tenente-coronel Mauro Cid, que acabou fazendo colaboração premiada, e de outros militares. Cid deu detalhes das minutas que os golpistas preparavam, e com isso descobriram que os militares faziam levantamento da rotina da segurança do presidente Lula e do ministro Moraes. Ele foi convocado para depor nesta terça-feira na Polícia Federal.
A expectativa é de que o inquérito sobre o golpe seja concluído nas próximas semanas.