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Secretário de Defesa promete “todas as ações necessárias” após mortes de soldados dos EUA na Jordânia

Por Idrees Ali e Phil Stewart

WASHINGTON (Reuters) – O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, prometeu nesta segunda-feira que os EUA tomarão “todas as ações necessárias” para defender suas tropas após um ataque com drone de militantes apoiados pelo Irã matar três soldados norte-americanos e ferir outras dezenas.

O ataque no último domingo foi o primeiro com mortes contra tropas norte-americanas desde a eclosão da guerra entre Israel e Hamas em outubro e marca uma grande escalada nas tensões que tomaram conta do Oriente Médio.

“Quero começar com minha indignação e tristeza (pelas mortes) de três corajosos soldados norte-americanos na Jordânia e pelos outros que foram feridos”, disse Austin, no Pentágono.

“O presidente e eu não toleraremos ataques contra forças dos EUA e tomaremos todas as ações necessárias para defender os EUA e nossas tropas”, acrescentou Austin, no começo de uma reunião com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, no Pentágono.

Os Estados Unidos estão tentando determinar exatamente como os quase 350 soldados da base na Jordânia, conhecida como Tower 22, não conseguiram parar o drone.

Duas autoridades disseram que um drone dos EUA estava se aproximando da base aproximadamente no mesmo momento em que o drone de ataque chegava. Uma das autoridades afirmou que o drone de ataque também estava voando baixo, fatores que podem ter contribuído para ele ter escapado das defesas da base.

Tropas dos EUA foram atacadas mais de 150 vezes em Iraque, Síria e Jordânia e também em navios de guerra no Mar Vermelho, onde combatentes houthis do Iêmen estão disparando drones e mísseis contra elas.

Os ataques estão aumentando a pressão política para que o presidente Joe Biden desfira um golpe diretamente contra o Irã, o que ele está relutante a fazer pelo medo de desencadear uma guerra mais ampla.

Biden se reuniu com Austin e outros membros da sua equipe de segurança nacional na sala de crise da Casa Branca na manhã desta segunda-feira para discutir os últimos acontecimentos relacionados ao ataque, afirmou a Casa Branca.

As opções do presidente podem variar entre atacar forças iranianas no exterior ou mesmo dentro do Irã, ou optar por um ataque retaliatório mais cauteloso apenas contra os militantes apoiados pelo Irã que foram responsáveis, dizem especialistas.

O porta-voz da segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse aos jornalistas que Biden estava ponderando suas opções de resposta. “Não estamos procurando uma guerra com o Irã”, disse.

Pelo menos 34 pessoas ficaram feridas no ataque na Jordânia, mas espera-se que esse número mude à medida que mais pessoas procuram cuidados. Oito pessoas foram retiradas da Jordânia para receberem cuidados mais intenso, mas encontram-se em estado estável.

O ataque e qualquer possível resposta dos EUA devem alimentar os receios por um conflito mais amplo no Oriente Médio, onde a guerra eclodiu em Gaza após o grupo islâmico palestino Hamas atacar Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas.

A ofensiva subsequente de Israel contra Gaza matou mais de 26.000 palestinos, segundo o Ministério da Saúde local.

Os EUA já retaliaram no Iraque, Síria e Iêmen em resposta a ataques anteriores de grupos apoiados pelo Irã.

(Reportagem de Idrees Ali e Phil Stewart; Reportagem adicional de Jeff Mason e Doina Chiacu)

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