Os Estados Unidos disseram, nesta quarta-feira (19), que não têm notícias novas de seu soldado que, para surpresa de Washington, abandonou uma visita à zona desmilitarizada da península coreana e correu para o lado norte-coreano.
Funcionários americanos identificaram o soldado como Travis King. Na terça-feira, ele fugiu de uma visita guiada sul-coreana no vilarejo fronteiriço de Panmunjon e correu para a linha divisória, onde acredita-se que foi detido por funcionários norte-coreanos.
Pouco se sabe sobre os motivos que levaram o militar a cometer tal ato e sobre sua situação atual na Coreia do Norte.
“No Departamento de Estado e na ONU seguimos colaborando neste tema para obter informação sobre o bem-estar e o paradeiro do soldado King”, declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.
King, que estava em processo de ser devolvido aos Estados Unidos por problemas disciplinares, chegou de alguma forma a Panmunjon e cruzou a fronteira “voluntariamente e sem autorização”, segundo funcionários americanos.
Miller disse que o Departamento de Estado continua recebendo informação sobre o caso, mas que não sabia nada de seu estado atual.
“Quero deixar muito claro que a administração trabalhou e continuará trabalhando ativamente para garantir sua segurança e devolvê-lo para casa com sua família”, declarou.
Acrescentou que o Pentágono fez contato com militares norte-coreanos para obter informação sobre a situação de King, mas não recebeu uma resposta.
Miller assinalou que Washington, que não mantém relações diplomáticas com Pyongyang, dispõe de outros canais para se comunicar.
Disse que o Departamento de Estado está fazendo contato com seus pares em Coreia do Sul e Suécia para averiguar informação sobre King.
Os meios de comunicação americanos disserem que King se refugiou em um aeroporto quando era escoltado para casa por razões disciplinares.
Segundo a polícia sul-coreana, King passou cerca de dois meses em uma prisão local acusado de agressão e foi liberado em 10 de julho.