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Moraes converte prisão em flagrante de Roberto Jefferson em preventiva

Ministro entendeu que, diante do vasto arsenal de munição do ex-deputado, a manutenção da prisão é necessária para garantir a ordem pública

Fábio Vieira/Metrópoles

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), transformou a prisão em flagrante do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) em preventiva, nesta quinta-feira (27/10).

O político disparou tiros de fuzil e lançou granadas nos policiais federais que cumpriam mandado de prisão expedido por Moraes no último domingo (23). O ministro revogou a prisão domiciliar do ex-deputado e solicitou que ele voltasse para o regime fechado, após Jefferson usar as redes sociais da filha para xingar a ministra Cármen Lúcia.

A prisão preventiva não tem um prazo específico para deixar de vigorar. Para conseguir a liberação, é necessária uma nova decisão judicial.

O ministro decidiu manter a prisão do ex-parlamentar sob argumento de que, após ter sido verificado que Jefferson tem um vasto arsenal de armas e munição, a detenção dele é necessária para a garantia da ordem pública.

“Como se vê, a manutenção da restrição da liberdade do preso, com a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, é a única medida capaz de garantir a ordem pública e a conveniência da instrução criminal”, diz o texto.

Ele continua: “A mera posse, ainda que em sua residência, de um verdadeiro arsenal militar, covardemente utilizado contra uma equipe da Polícia Federal, se revela ainda mais grave pois, em decisão de 23/8/2021, nos autos desta Pet 9.844/DF, foi determinada a suspensão de todos os portes de arma em nome do preso, com notificação da Polícia Federal e do Exército Brasileiro”.

A Polícia Federal apreendeu 7.797 unidades de munição na casa do ex-parlamentar no último domingo (23/10). O arsenal foi encontrado após a ação que resultou na prisão de Jefferson, em Comendador Levy Gasparian, no Rio de Janeiro.

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