Buscando recompensar a doadora de medula que curou sua leucemia, o advogado Gabriel Massote Pereira, que mora em Uberlândia (MG), decidiu fazer uma vaquinha virtual e comprou uma casa novinha em folha para Elza dos Santos.
Elza, que mora em Ariquemes (RO), deixou tudo de lado para sair de seu estado natal e salvar a vida de Gabriel. Sem emprego, com dificuldades financeiras e deprimida após a morte do pai, a rondoniense não tinha casa própria e vivia de favor nos fundos de uma igreja com o marido e os dois filhos.
Ela não tinha muito conhecimento sobre o assunto, mas decidiu se inscrever no Redome, o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, visando fazer uma boa ação. “Eu na época tinha meu pai de cama e sabia o quanto as pessoas sofrem quando estão doentes. Se eu um dia pudesse ajudar alguém…”
E ajudou! Gabriel está completamente curado da leucemia.
Disposto a agradecer e recompensar de alguma forma sua salvadora, e ciente de suas dificuldades financeiras, o advogado uberlandense e sua esposa, Ana Gabriela, criaram uma vaquinha virtual em maio deste ano com o objetivo de dar uma casa nova à sua doadora de medula. Arrecadaram R$ 117 mil ao todo (R$ 45 mil da vaquinha).
Com o dinheiro, Elza conseguiu realizar dois sonhos: se casar e ter a casa própria!
Casamento para a doadora de medula
Como forma de presentear Elza, o programa Caldeirão do Huck, da TV Globo, bancou o seu casamento.
Enquanto isso, com a ajuda de todas as doações da vaquinha online, Gabriel comprou uma casa para Elza no município de Ji-Paraná, Rondônia, onde ela já morava.
“Quando a gente verificou que o nosso rendimento (no The Wall) não foi o esperado, a gente decidiu criar uma vaquinha online para poder acudir também o outro sonho da Elza. No programa, criamos muitas expectativas em relação a poder dar uma melhor condição de vida para a Elza e a família”, lembra Gabriel.
“E como a história mexeu com tantas pessoas, decidimos criar essa vaquinha. Foi uma campanha de pouco mais de 90 dias, em que 465 brasileiros se uniram nessa missão de dar a ela algo que, para ela, era muito caro, que era ter um lar. A Elza já morou à beira de rodovia. Agora, ela fala para mim: ‘Gabriel, hoje eu moro em uma mansão’”, conta.
Fonte: JusBrasil