Dentre os sintomas que mais levam as pessoas a se automedicarem estão as dores de cabeça e enxaquecas, gripes e resfriados, além de alergias
Quem nunca usou medicamentos sem recomendação de um especialista, que atire a primeira pedra. O grande problema disso é que a automedicação é uma realidade muito presente na população e o uso indiscriminado dessas substâncias, aliado a dosagens inadequadas e normalmente elevadas, pode culminar com o desenvolvimento de complicações graves. Dentre os sintomas que mais levam as pessoas a se automedicarem estão as dores de cabeça e enxaquecas, gripes e resfriados, além de alergias.
De acordo com Sandra Cavalcanti, Coordenadora Médica do Plano Boa Saúde, vinculado ao Grupo Vitalmed, o organismo exposto a esses medicamentos pode acarretar sobrecarga funcional do fígado e rins, além do risco de desenvolvimento de resistência bacteriana, no caso dos antibióticos. A resistência bacterina é muito perigosa e facilita o aparecimento de super bactérias resistentes a grande maioria dos antibióticos, o que torna o ser humano vulnerável às infecções.
Na semana comemorativa do Dia Nacional do Uso Racional de Medicamento, marcado para o dia 05 de maio, a médica faz um alerta sobre a necessidade de se buscar orientações tanto para o uso, como para a dosagem de cada medicação, no sentido de dirimir complicações futuras. “É importante ir ao consultório médico com certa regularidade, sobretudo ao clínico geral, que pode realizar uma avaliação criteriosa do paciente, um diagnóstico preciso, além de solicitar exames complementares e ainda realizar encaminhamentos as demais especialistas, a depender da necessidade de casa caso. Isso porque, uma dor de cabeça recorrente pode ser indício de algo mais grave e, não procurar o médico e continuar se automedicando, pode trazer riscos como a descoberta tardia de doenças graves”, esclarece.
A preocupação sobre o uso recorrente de medicamentos sem prescrição pode ser comprovada em números. Uma pesquisa, realizada pelo Instituto de Pesquisa e Pós-graduação para o Mercado Farmacêutico (ICRQ), revelou um ranking dos remédios mais consumidos por quem se automedica. Os analgésicos estão no topo da lista, com 48%; seguido dos anti-inflamatórios (20%), antialérgicos (13%),antibióticos (8%) e os ansiolíticos (3%) – sendo que este último, por ser tarja preta, pode causar também dependência.