A Operação Terra de Ninguém, deflagrada ontem (28) pela Polícia Federal, revelou que mineradoras pagavam propina em valores de R$ 500 a R$ 10 mil para a realização de serviços ilegais. O objetivo da ação era o combate a um suposto esquema de corrupção na Agência Nacional de Mineração.
Os 70 policiais envolvidos na operação cumpriram 22 mandados de busca e apreensão em Salvador e Lauro de Freitas, na Região Metropolitana. Na casa de um dos investigados, um servidor afastado, foram apreendidos R$ 48 mil em espécie, 3,5 mil dólares e 2 mil euros, que são indícios de valores recebidos de forma ilícita, segundo a polícia.
Além disso, a operação apreendeu mais de 130 processos de liberação de guia de utilização, supostamente irregulares. De acordo com a PF, não foram localizados processos irregulares referentes a análises de barragens de rejeitos das mineradoras.
Segundo a investigação, que começou no final de 2017, a maioria dos serviços se relaciona com a agilização de processos para liberação de guias de utilização – documento que dá direito à mineradora para explorar uma determinada área para verificar a viabilidade econômica.
Na operação, seis funcionários da ANM foram afastados dos cargos por determinação da 17ª Vara Federal de Salvador. Um deles foi o gerente regional Cláudio da Cruz Lima, que atuava na chefia de fiscalização do órgão na Bahia, além de outros dois servidores que ocuparam o mesmo carro antes dele.
Fonte: Metro1