São considerados acima do peso aqueles com IMC igual ou superior a 25 kg/m²
A parcela de brasileiros obesos cresceu 60% em dez anos, aponta a nova edição da pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde. Em 2016, esse percentual foi de 18,9%. Já em 2006, era de 11,8%.
Ao mesmo tempo em que houve avanço na obesidade nos últimos anos, a pesquisa mostra que a guerra contra a balança pode estar perto de dar seu primeiro sinal de trégua. Isso porque, em 2016, o índice de obesos ficou estável em relação ao ano anterior.
Cenário semelhante ocorre quando considerados todos os brasileiros com excesso de peso, 53,8% em 2016, contra 53,9% em 2015.
São considerados acima do peso aqueles com IMC (índice de massa corporal, medido pelo peso dividido pela altura ao quadrado) igual ou superior a 25 kg/m². Já a obesidade ocorre quando o índice é igual ou maior que 30 kg/m².
Os dados mostram ainda que a prevalência da obesidade duplica a partir dos 25 anos e é maior entre os que têm menor escolaridade. Para o Ministério da Saúde, vários fatores colaboram para esse crescimento.
“Temos dados que mostram que as pessoas que consomem mais alimentos ultraprocessados apresentam maior prevalência de obesidade. Além disso, há fatores psicológicos, estresse, a dificuldade de levar alimentos [saudáveis] ao trabalho e a falta de atividade física”, diz Michele Lessa, coordenadora de alimentação e nutrição no ministério.
Ao todo, a pesquisa ouviu 53.210 pessoas com mais de 18 anos em todas as capitais, entre fevereiro e dezembro de 2016. O objetivo é monitorar hábitos de saúde e fatores de risco para doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.
Em dez anos, o percentual de brasileiros com diagnóstico de diabetes aumentou 61,8% – passou de 5,5%, em 2006, para 8,9% no último ano. Também cresceu o percentual de brasileiros diagnosticados com hipertensão, de 22,5%, em 2006, para 25,7% em 2016. Com informações da Folhapress.