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Petistas dizem que Judiciário quer impedir candidatura de Lula

No domingo, o desembargador do TRF da 4ª Região Rogério Favreto, que estava de plantão no final de semana, aceitou um pedido de liberdade do petista.

Um dia depois do vaivém das decisões judiciais sobre o pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, petistas defenderam nesta segunda-feira (9), que alguns magistrados estão tomando medidas ilegais para impedir que o ex-presidente seja candidato nas eleições presidenciais.

“O Judiciário funciona dessa forma, dando medidas ilegais para impedir que o Lula seja candidato”, declarou o senador petista Lindbergh Farias (RJ), antes da reunião quinzenal do conselho político do partido, que está sendo realizada hoje na Capital e que reúne vice-presidentes, ex-presidentes da sigla, líderes, ex-ministros e representantes da CUT e do MST.

No domingo, o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região Rogério Favreto, que estava de plantão no final de semana, aceitou um pedido de liberdade do petista. A decisão foi cassada pelo relator do caso tríplex, João Pedro Gebran Neto. Favreto, que foi filiado ao PT, insistiu, mas o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores, manteve o ex-presidente preso. Enquanto a decisão de Favreto não era revogada, Sérgio Moro, que está em férias, não expediu alvará de soltura e pediu que Gebran se manifestasse sobre o caso.

“O Moro não é dono do processo, o processo é do Judiciário”, argumentou Jaques Wagner, ex-ministro de Lula e ex-governador da Bahia.

“Moro, Gebran e Thompson agiram na ilegalidade e escancararam para a sociedade a perseguição ao presidente Lula”, declarou Luiz Marinho, pré-candidato petista ao governo de São Paulo. Segundo Marinho, o partido vai estudar as medidas jurídicas cabíveis neste caso.

Também participam da reunião o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, possível substituto de Lula nas eleições; a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, os ex-ministros Eleonora Menicucci, Celso Amorim e Míriam Belchior, o deputado José Guimarães, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto e o vereador Eduardo Suplicy, entre outros.

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