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Em Alagoinhas, autoridades políticas demonstram apoio ao ex-presidente Lula

Em contraposição à decisão judicial que resultou na prisão do ex-presidente Lula, partidos da ala progressista de Alagoinhas se reuniram nesta sexta-feira (13), no Clube dos Ferroviários, em ato de desagravo. Organizado pela Frente Brasil Popular, o evento reuniu autoridades da política baiana como o ex-governador Jaques Wagner (PT), a senadora Lídice da Mata (PSB), os deputados federais Jorge Solla (PT) e Alice Portugal (PCdoB), o deputado estadual e ex-prefeito da cidade Joseildo Ramos (PT), presidentes regionais dos partidos que compõem a Frente e outras representações.
 
Entre os discursos, o processo de julgamento e prisão foram classificados, reiteradas vezes, como instrumentos jurídicos com fins políticos. “O Ministério Público teve a petulância de dizer que não pedissem provas porque havia convicção. Se a Justiça passar a ser feita pela convicção subjetiva de cada operador do direito, estamos vivendo em um Estado autoritário, estamos vivendo na ditadura do judiciário”, disse Jaques Wagner. O ex-governador ainda ressaltou a importância do caráter suprapartidário do evento. “Eu defendo a candidatura do companheiro Lula à presidência, mas não podemos estreitar este momento de luta porque a gravidade dele é muito complexa e profunda. A ameaça aqui é à democracia e o Lula é a primeira vítima”, defendeu Wagner.
 
Além do movimento em apoio ao ex-presidente, o evento também foi palco de manifestações contrárias às reformas que estão sendo conduzidas pelo Governo Temer. “Ou a gente toma uma atitude de uma vez por todas, ou os nossos filhos e netos não terão um porvir minimamente adequado para produzir felicidade”, afirmou Joseildo. Ainda em seu discurso, o parlamentar criticou os deputados baianos que votaram, dentre outros pontos, contra a investigação do presidente Michel Temer e à favor da reforma trabalhista. “Hoje o trabalhador tem dificuldade de negociar com os patrões por conta da modernidade das relações de trabalho. Isso é pegar o trabalhador de ponta cabeça e tirar o fígado”, concluiu.

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