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Brasil é líder em lançamento de produtos de chocolate para a Páscoa

O Brasil é o país que mais lançou produtos feitos de chocolate para a Páscoa, com 11% do total dos lançamentos globais. Pesquisa da consultoria britânica Mintel constatou que houve um aumento de 23% na quantidade de itens novos ofertados no mundo. Levantamento da Abicab, associação que representa os fabricantes de chocolates, mostra que os preços nacionais variam de R$ 1,20 até R$ 1,1 mil.

Na avaliação da diretora para área alimentícia e de bebidas da Mintel, Marcia Mogelonsky, o comércio entende que a Páscoa representa um “momento de permissão de excessos” para o consumidor, portanto, ampliar a oferta de itens com novidades nas prateleiras é uma forma de aumentar as vendas.

— Parece que não há fim para o apetite dos brasileiros pela inovação do chocolate de Páscoa. O motivo por trás do sucesso do chocolate sazonal no Brasil é o ovo de Páscoa, que o consumidor adora e é uma parte importante da indústria de chocolate do Brasil. A Páscoa é o evento anual mais importante em termos de novos produtos de chocolate no Brasil, com uma riqueza de ovos de Páscoa inundando o mercado — disse Marcia.

Só a Kopenhagen lançou para a Páscoa deste ano 18 novas alternativas de ovos ao consumidor. Na conhecida linha Língua de Gato, por exemplo, são duas novidades (meio amargo e doce de leite). O ovo mais caro do período (de R$ 1,1 mil) é da Kopenhagen e pesa 5 kg. A Lacta, por sua vez, colocou nas gôndolas 10 novidades entre os 25 produtos da Páscoa, número bem maior que o do ano passado, quando foram dois novos entre 22. A Nestle lançou 13 itens. Já a Ofner inseriu dois novos sabores de Ovos de Páscoa (brigadeiro e creme de chocolate com avelã) em seu portfólio que já oferece 12 alternativas.

A Boa Vista SCPC estima um crescimento nas vendas de aproximadamente 3,5% nesta Páscoa na comparação com 2017.

Outra constatação interessante da Mintel é em relação aos tamanhos e formatos dos produtos novos. A quantidade de itens feitos para comer em uma única mordida, por exemplo, cresceu 50% nos últimos cinco anos e os chocolates mais finos aparecem logo atrás, aumentando 48% em relação ao mesmo período. Por outro lado, o apetite por versões light, com pouco açúcar ou baixo teor de gordura, estão em franca retração: -22% entre 2013 e 2017. A saída dos lights e entrada de itens pequenos e finos é apontada pela consultoria como uma forma de a oferta se adequar à mudança de hábitos alimentares e dietas da população.

— Itens com baixa caloria estão perdendo a popularidade à medida que o consumidor tem se afastado de dietas que se concentram em contagens rigorosas de caloria. Oferecer aos consumidores chocolates do tamanho de uma mordida ou fino também é uma maneira de ajudar a controlar o que se come — observou Marcia.

Dados da Mintel mostram ainda que o povo que mais compra chocolate no mundo é o britânico, com consumo médio per capita de 8,4 quilos de chocolate em 2017. Logo depois estão os suíços, com consumo de 8,3 quilos no ano passado, seguidos de perto pela Alemanha, com 8,2 quilos. Os brasileiros aparecem bem mais para baixo nesta lista, com consumo por pessoa estimado em 1,2 quilos ao ano. Entre os 10 maiores consumidores de chocolate per capita, a Rússia registrou o maior aumento, de 2,2%, na outra ponta aparece a Áustria com declínio acentuado nno consumo de 1,9%.
Fonte: O Globo

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