A Ceplac será fortalecida a partir de novo modelo organizacional, que está a cargo da especialista do setor Larissa Schimidt e deverá ser concluído nos próximos meses. O contrato para formatação desse novo modelo foi assinado na última semana, depois de viabilizado por meio de Acordo de Cooperação Técnica Brasil/IICA para modernização da gestão estratégica e aperfeiçoamento das políticas públicas de promoção do desenvolvimento sustentável, segurança alimentar e competitividade do agronegócio.
Para a consultora Larissa Schimidt, advogada e doutora em direito internacional, o trabalho é um desafio, considerando que o novo modelo deve ser adequado para aperfeiçoar a instituição em várias áreas. Entre elas, estão maior participação do setor privado, atração de recursos internacionais e sistemas de produção com foco na sustentabilidade. Ela lembra que o agronegócio cacau e chocolate no contexto da economia brasileira gera receita da ordem de R$ 23 bilhões e que a adequação das estruturas organizacionais deverá consolidar conquistas e promover a expansão das atividades do segmento.
Segundo o diretor da Ceplac, Juvenal Maynat, o modelo deve conectar, não apenas a recuperação da cacauicultura nacional, mas também os sistemas agroflorestais. “Considerando a experiência da Ceplac em recuperação de áreas degradadas com sistema agroflorestal nos biomas da Mata Atlântica e Floresta Amazônica, o processo deverá se revelar viável e de extrema importância para o setor”, acredita.
O diretor defende um modelo alinhado à produção, produtividade, qualidade e sustentabilidade, resgatando a posição do Brasil na cadeia produtiva do cacau. Deverão ser fortalecidos todos os setores de atuação do órgão com a participação de novos parceiros em pesquisa, extensão e inovação. “A captação de recursos nacionais e internacionais é de fundamental importância para implementação dos sistemas agroflorestais brasileiros com árvores nativas e com ênfase em cacauicultura para a recuperação de áreas degradadas”, afirmou.
A Ceplac representa um braço operacional que atua de forma multidisciplinar e integrada em ambientes de florestas. Suas atividades incluem execução de instrumentos de políticas públicas, desenvolvendo suporte técnico científico de inovação necessário à produção agrossilvipastoril, além de apoio ao produtor na obtenção de crédito rural, incentivo a organizações associativas e agroindustrialização.
Em sua primeira etapa, as propostas de modelos organizacionais serão apresentadas e debatidas com técnicos e pesquisadores da Ceplac, no próximo dia 27, na Bahia.