Cerca de 1.700 estão sob investigação somente na Prefeitura de Salvador.
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), seguindo uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) cruzou os dados de todos os servidores federais, estaduais e dos 417 municípios baianos. Algumas irregularidades foram detectadas. Foram registrados 30 mil casos suspeitos de servidores com mais de um vínculo. Eles terão 60 dias para dar explicações. Foi feito um cruzamento da base de dados da Controladoria de Contas da União com outros bancos privados e servidores estaduais e municipais. O TCM comunicou isso a todas as prefeituras e pediu explicações para saber se essa acumulação de cargos é legal ou ilegal. Ainda está dentro desse prazo.
Cerca de 1.700 estão sob investigação somente na Prefeitura de Salvador. A gestão já publicou no Diário Oficial uma convocação para que dos funcionários se justifiquem. Os principais focos de suspeita estão na Secretaria da Saúde de Salvador. A Constituição prevê que professores e médicos possam ter esse acúmulo de cargos. São muitas prefeituras envolvidas (cerca de 395). No final da próxima semana, será feito um levantamento no TCM de quantos casos foram apresentados até agora. Como algumas prefeituras há um número muito grande de casos, possa ser que esse prazo seja estendido – mas ainda não há uma confirmação sobre isso.
As investigações mostram casos curiosos, como de um médico que trabalha na saúde em Salvador e é atendente de recepção no Tribunal de Justiça, pelo menos conforme os registros. Há também servidores com vínculos em municípios distantes entre si, como Salvador e Barreiras, ou Juazeiro, ou Coaraci, ou Itaberaba, ou Petrolândia, em Pernambuco.