Levantamento, que ouviu 1.200 pessoas de 164 empresas, apontou que mesmo quem está empregado enfrenta dificuldades para fechar as contas no final do mês.
Em tempos de juros altos e inflação teimosa, o número de famílias brasileiras endividadas chegou a quase 80% em setembro, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
E, segundo uma nova pesquisa da Allya, startup de rh focada no bem-estar financeiro, mesmo quem está empregado enfrenta dificuldades para equilibrar as contas.
O levantamento, que ouviu 1.200 pessoas de 164 empresas, apontou que 40% dos profissionais afirmam não ter dinheiro sobrando no final do mês. Outros 35% dizem que estão apenas sobrevivendo financeiramente.
“Esta informação não pode ser interpretada como um problema particular dos indivíduos, pois afeta o bom desempenho dos profissionais, gerando custos para as empresas”, declarou Gustavo Antonelli, co-fundador da Allya e responsável pela pesquisa.
Segundo a empresa, para chegar a esse resultado a pesquisa utilizou uma metodologia baseada na CFPB Financial Well-Being Scale, criada pelo Consumer Financial Protection Bureau dos Estados Unidos, em que a escala de bem-estar financeiro é um número padronizado entre 0 e 100.
Dentro dessa escala, o resultado médio do bem-estar financeiro dos respondentes foi de 52,25. Sendo a maioria de 31 a 45 anos (533), seguida dos 26 a 30 (260), 18 a 25 (257) e 46 a 60 (141), com a menor margem a partir dos 60 (15).
Ainda segundo o estudo, a maioria dos profissionais afirma que não poderia lidar com despesas inesperadas. Sendo eles: Pouco (24,19%), Muito Pouco (18,87%) e de Modo Algum (16,10%).
Outra descoberta foi o fato de que aproximadamente 40% das pessoas dizem não sentir que garantem o seu futuro financeiro.
Outras 20% admitem que estão endividadas. Paradoxalmente, apesar da falta de planejamento para o futuro e da dificuldade para pagar as contas em dia, 47% dos profissionais sentem que alcançarão seus objetivos.