NOVA BAHIA 2024

Vendas do varejo baiano seguem em alta no comparativo mensal e anual

Apenas as vendas no setor de hipermercados mantém queda

As vendas do varejo na Bahia seguiram em alta no mês de maio, ficando 2,9% maiores do que em abril, na série livre de influências sazonais. Esse foi o segundo avanço consecutivo nessa comparação, pois as vendas haviam crescido 11,4% de março para abril, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.

Com o desempenho de abril para maio, o volume de vendas do comércio varejista na Bahia já está 4,3% acima do patamar verificado no pré-pandemia, em fevereiro de 2020.

Porém apesar do resultado positivo nesse período e a Bahia ter ficado acima do verificado no Brasil como um todo (1,4%), o estado foi apenas o 15º entre as 27 unidades da Federação. Nesse confronto, só Goiás apresentou variação negativa das vendas (-0,3%), enquanto Amapá (23,3%), Ceará (9,4%) e Minas Gerais (9,2%) tiveram os maiores crescimentos.

Desempenho entre maio de 2020 e 2021 

O desempenho do varejo baiano também foi bastante positivo na comparação de maio/21 com maio/20, com avanço de 29,4%. Essa foi o segundo maior crescimento para o estado, nessa comparação, em toda a série histórica da PMC, iniciada em 2001 para o indicador interanual. De acordo com o IBGE o resultado veio, porém, em cima de uma intensa queda verificada em maio de 2020, frente a 2019 (-20,8%, o segundo recuo mais profundo desde o início da pesquisa).

Também foi o segundo avanço consecutivo nas vendas do varejo baiano na comparação com o mesmo mês do ano anterior, desde outubro de 2020, bem maior que o do país como um todo (16,0%) e o sétimo entre os estados. Frente a maio de 2020, só Tocantins teve queda nas vendas do varejo (-2,7%); os melhores resultados ficaram com Amapá (92,0%), Piauí (44,6%) e Pará (43,4%).

Com o desempenho do mês, o varejo baiano acumula alta de 9,5% nas vendas, entre janeiro e maio de 2021, frente ao mesmo período do ano anterior. O resultado no estado está acima do nacional (6,8%).

Acumulado 

O desempenho do setor na Bahia também passou a ser positivo no acumulado nos 12 meses encerrados em maio (frente aos 12 meses anteriores), com alta de 3,5%. É o primeiro crescimento das vendas nessa comparação desde março de 2020, quando se iniciou a pandemia.

O Brasil como um todo mostra avanço de 5,4% nas vendas do varejo, nos 12 meses encerrados em maio.

Atividades em crescimento 

Em maio deste ano, pelo segundo mês consecutivo, 7 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis e material de construção) tiveram aumentos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2020.

A taxa mais positiva veio mais uma vez do segmento de tecidos, vestuário e calçados (410,3%), que teve novo avanço recorde, superando com folga a queda que havia sido registrada em maio de 2020, frente a 2019 (-81,0%).

Com o forte avanço, a atividade já mostra crescimento nas vendas no acumulado entre janeiro e maio deste ano (20,2%), frente ao mesmo período do ano passado, embora siga em queda no acumulado em 12 meses (-12,0%).

Com a segunda maior alta, as vendas de outros artigos de uso pessoal (97,2%) tiveram a segunda principal contribuição para o bom resultado geral do varejo baiano em maio. A atividade, que concentra as vendas dos grandes varejistas on-line, apresentou seu terceiro resultado positivo consecutivo.

Apenas vendas nos hipermercados caem

Assim como havia ocorrido em abril, o único resultado negativo do varejo baiano em maio 21/maio 20 veio dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-9,2%).

Segmento de maior peso na estrutura do comércio na Bahia, ele mostrou o sétimo resultado negativo consecutivo (recua desde novembro de 2020) e já acumula perda de -9,3% no ano, segundo pior resultado entre as atividades, à frente apenas de livros, jornais, revistas e papelaria (-35,4%).

SIEL GUINCHOS

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