Resultado ainda não compensa perdas acumuladas desde março
As vendas de varejo na Bahia cresceram 7% em junho na Bahia, comparando com o mês anterior. Foi o segundo avanço consecutivo este ano. De abril para maio, o crescimento foi de 10,3% no estado, depois de dois meses de queda histórica no indicador, aponta a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.
Apesar do avanço, o resultado ainda não compensa as perdas acumuladas desde março no setor. Nos quatro meses desde o início do isolamento social, as vendas no varejo baiano tiveram queda de 13,6%.
De maio para junho, o comércio baiano teve crescimento abaixo do registrado no Brasil como um todo, que teve alta nas vendas de 8%. Em 24 das 27 unidades da federação houve alta, com o Pará à frente (39,1%). Tiveram quedas apenas Rio Grande do Sul (-9,0%), Paraíba (-2,4%) e Mato Grosso (-2,0%).
Apesar do resultado positivo desse mês, na comparação com junho de 2019 o desempenho das vendas na Bahia seguiu em queda (-12,6%). Além de ter sido a quarta queda seguida no ano, nessa comparação, para o comércio varejista da Bahia, foi o pior junho desde 2016, quando as vendas haviam recuado -13,2%.
O recuo baiano (-12,6%) foi o segundo mais intenso entre os estados, ficando acima apenas do Amapá (-14,8%). Foi um resultado ainda bem pior que o nacional, que mostrou variação positiva (0,5%).
No acumulado nos 12 meses encerrados em junho, comparando com os 12 meses anteriores, o desempenho das vendas do comércio na Bahia também segue negativo (-3,6%) e abaixo do verificado no Brasil como um todo (0,1%).
Atividades do varejo
Comparando com junho do ano passado, as vendas caíram em 5 das 8 atividades de varejo, puxadas pelo vestuário, que teve queda de 79,4%.
Além do segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%), que vem se mantendo em alta desde março, móveis e eletrodomésticos tiveram um forte aumento (23,7%), o maior entre as atividades e o primeiro desde fevereiro; e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos também mostraram avanço (6,0%), após dois recuos consecutivos.
Mais uma vez liderando as quedas em junho, o segmento de tecidos, vestuário e calçados (-79,4%) foi, pelo quarto mês seguido, o que mais contribuiu para o recuo do varejo na Bahia.
No primeiro semestre de 2020, a atividade viu suas vendas caírem quase pela metade (-47,5%) em relação ao mesmo período de 2019.
A segunda principal influência no resultado geral das vendas no estado veio, pelo terceiro mês seguido, do segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que teve o terceiro maior recuo (-28,7%). Apesar de cair desde fevereiro, a atividade, que engloba parte representativa dos grandes sites de comércio on-line, vem mostrando redução no ritmo do recuo.