Não é difícil para Kron Gracie apontar a coisa que menos gosta sobre ser um lutador profissional de MMA.
“Responder a mesma pergunta várias vezes é desgastante. Eu gosto de falar sobre coisas que fazem sentido e são boas para as pessoas saberem, mas eu tenho feito entrevistas desde que era criança, e é sempre a mesma pergunta: ‘ Como é ser um Gracie? Eu provavelmente respondi a essa pergunta 10.000 vezes. ”
Assim é a vida quando você é um membro da família mais famosa na história do MMA.
Gracie, com 4 vitórias e nenhuma derrota, fará sua estreia no UFC contra Alex Caceres (14-11) no UFC Fight Night: Ngannou vs Velasquez. Sua luta será no domingo, em Phoenix (o card preliminar começa às 19h30 no horário de Brasília).
Kron é neto da lenda do jiu-jitsu brasileiro Helio Gracie e filho do ex-lutador de MMA Rickson Gracie. Seu tio, Royce Gracie, foi o primeiro vencedor do torneio no UFC, que foi co-fundado por outro tio, Rorion Gracie.
Aos 30 anos, o atleta tem orgulho de representar o nome de sua família, mas sua jornada no MMA não gira em torno disso. Ele competiu em torneios de grappling a maior parte de sua vida, mas sua meta sempre foi MMA.
Agora ele está buscando uma carreira no UFC para si mesmo, não para o legado da família.
“Sempre pratiquei jiu-jitsu com a intenção de lutar”, disse Gracie, que fez a transição para o MMA em 2013, depois de vencer o ADCC, maior campeonato de grappling do mundo. “Para mim, há mais valor em uma luta real do que em um torneio de luta. Nunca quis ser o cara de jiu-jitsu que treinou minha vida inteira e seria espancado por um lutador com um bom soco”, disse Kron.