A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) realizou, nesta segunda-feira (12), sessão especial proposta pelo deputado estadual Angelo Almeida pelos 50 anos da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), autarquia vinculada à Secretaria Estadual de Indústria, Comércio e Mineração (SICM).
Para o parlamentar, a homenagem é um reconhecimento do trabalho de excelência que vem sendo feito pela companhia, colocando o estado em posição de destaque no setor. “Atualmente, a Bahia é o terceiro maior produtor nacional e o primeiro do Nordeste. É o maior produtor de talco, o segundo maior produtor de quartzo, esmeralda, grafita e cromo e o terceiro maior produtor nacional de cobre, pegmatito, calcário industrial e argila vermelha. É também o único produtor no Brasil de vanádio e urânio”, disse.
O presidente da CBPM, Antônio Carlos Tramm, refirmou seu compromisso com a Bahia e ressaltou o trabalho realizado pelo órgão ao longo de cinco décadas. “São 50 anos de mapeamento de todo esse estado que hoje é o mais bem mapeado geologicamente do Brasil. Essa administração fez agora recente três estudos para facilitar o trabalho de mapeamento eletromagnético que nos possibilitou a descoberta de novas áreas”, declarou.
Ainda de acordo com Tramm, para a mineração baiana seguir avançando há uma luta travada pelo setor por melhorias na logística: “Brigamos muito pela Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste). Estamos brigando agora pela FCA (Ferrovia Centro-Atlântica). Sem trem não teremos futuro. Sem logística não temos como transformar nosso subsolo, tão rico em minérios, em dinheiro e comida para a população.”
O presidente da ALBA, deputado Adolfo Menezes, condecorado pela CBPM com uma medalha, agradeceu a homenagem e o trabalho desenvolvido pela companhia por toda Bahia. “Gostaria de dizer do orgulho da CBPM e agradecer a todos os seus dirigentes e funcionários por tudo o que têm feito pela nossa Bahia, que é uma província mineral. Eu mesmo sou testemunha, porque nasci no riquíssimo município de Campo Formoso. Para vocês terem uma ideia, num raio de 100 quilômetros, de Jacobina até Jaguarari, nós temos ouro, ametista, esmeralda, cromo e calcário”, detalhou o parlamentar.
O ex-ministro Raul Jungmann, atual presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), reforçou a posição de destaque da Bahia no setor de mineração. Segundo Jungmann, a Bahia vem se afirmando como o terceiro grande polo produtor mineral no Brasil, com 400 empresas na área, 183 dos seus municípios ligados à mineração e 40 substâncias minerais passíveis de exploração. “É um exemplo da diversidade mineral no Brasil e isso não seria possível se não tivéssemos os 50 anos da CBPM”, afirmou.
Jungmann ainda ressaltou o compromisso do Ibram com o desenvolvimento sustentável do país. “É importante destacar que se nós quisermos enfrentar a crise climática, a crise que coloca a vida do planeta em risco, a crise que coloca em risco o mundo e a natureza que nossos filhos e netos vão receber, a crise que enfim convoca todas as atenções de homens e mulheres de bem mundo afora, não vai ser possível sem minerais chamados de estratégicos. Não haverá a mudança para uma economia de baixo carbono, que é essencial para a continuidade da vida em toda face da terra, se nós não contarmos com a mineração.
Prêmio de Mineração
Na oportunidade, a CBPM realizou a entrega do Prêmio CBMP de Mineração 2022 aos vencedores das categorias Empresa de Mineração do Ano, à Largo Mineração, e Personalidade do Ano, ao presidente da Largo e do Sindicato das Indústrias Extrativas de Minerais Metálicos, Metais Nobres e Preciosos, Pedras Preciosas e Semipreciosas e Magnesita no Estado da Bahia (Sindimiba), Paulo Misk.