Programa Municipal de Controle ao Tabagismo é um dos fatores que auxiliaram na redução do índice de fumantes na capital baiana.
A Pesquisa do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITE/2016), do Ministério da Saúde, apontou Salvador como a cidade com menor índice de fumantes (5,1%) entre as capitais brasileiras. Este dado é resultado das ações de conscientização da população soteropolitana, dentre elas a do Programa Municipal de Controle do Tabagismo (PMCT) implantado em 47 unidades da rede municipal da Saúde.
Para realizar o tratamento de forma totalmente gratuita, o interessado deve comparecer a um dos postos de referência da estratégia, munido com o cartão SUS de Salvador e documento oficial de identificação com foto para realização da inscrição. Na oportunidade, o paciente passará por uma entrevista para avaliar o grau de dependência. O próximo passo é a participação numa reunião em grupo com os demais participantes do programa. Os pacientes precisam ser maiores de 18 anos.
Tratamento
O acompanhamento das pessoas que decidem participar do PMCT é feito por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, psicólogos, dentistas, enfermeiros e assistentes sociais, dentre outros especialistas. O fumante participará de quatro a cinco encontros, sendo um por semana, com o objetivo de estimulá-lo a parar de fumar, seja de forma imediata ou gradativa. Além disso, será entregue ao participante cartilhas informativas, explicando o motivo da dependência e como parar com o vício.
Para os pacientes com o grau de dependência elevado, é indicado o uso de medicamentos, oferecidos gratuitamente pelo SUS.
O programa
Desde a implantação do programa, mais de 5 mil pacientes foram tratados na cidade. No ano de 2016, 45% dos usuários acompanhados pela estratégia pararam de fumar, segundo monitoramento realizado no mesmo ano. “Parar de fumar é um processo que envolve várias etapas de motivação, que vão desde a fase de negação – em que o fumante não admite que o tabagismo seja uma doença e, portanto, não quer parar de fumar; até a fase em que se encontra preparado para realizar a mudança do estilo de vida, parar de fumar”, explicou a técnica do setor de Doenças Crônicas Não Transmissíveis/Tabagismo, Carla Germiniana da Silva.
Ainda de acordo com Carla, podem ocorrer recaídas durante processo. “Por isso é importante que a pessoa em abstinência permaneça ainda na fase de manutenção do tratamento, onde é acompanhado pelo profissional de saúde, pois o risco nessa fase de recaída é alto” frisou.
Dia Mundial contra o Tabaco
Na próxima quarta-feira (23), em alusão ao Dia Mundial de Luta contra o Tabaco lembrado no dia 31 de maio, o Distrito Sanitário de Itapuã vai comemorar os 10 anos do Programa de Controle do Tabagismo na região com troca de experiência entre profissionais de saúde e usuários do programa, além de palestras. O evento será realizado às 13h30, na Faculdade de Tecnologia e Ciência Paralela (FTC), módulo 03, sala 203.