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Rio tem a gasolina mais cara do país; veja as médias em 34 bairros da capital e municípios

A média do preço do litro da gasolina está próxima dos R$ 5 Foto: Marcelo Régua / Marcelo Régua / 06.06.2018

Dois meses após a greve dos caminhoneiros que paralisou todo o país no final de maio, o cenário de preços altos dos combustíveis segue no cotidiano da população do Estado do Rio. Pesquisa feita pela empresa Ticket Log, responsável pela logística de postos de combustíveis em todo o país, apontou que o Rio que a gasolina mais cara do país está no Rio de Janeiro, com cobrança média de R$ 4,99, igualado ao Acre e a frente de Minas Gerais (R$ 4,90).

Na tentativa de ajudar o carioca e economizar na hora de encher o tanque, o EXTRA listou os valores mais altos e mais baixos, além da média, das cobranças feitas por postos de 34 bairros espalhados pelas Zonas Norte, Sul e Oeste, além da região Central da cidade do Rio de Janeiro.

A manutenção dos preços elevados não surpreende especialistas no setor. Para Helder Queiroz, ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e professor do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, as propostas do governo passaram longe de surtir o efeito desejado.

— As variações diárias não davam previsibilidade, mas o congelamento dos preços proposto pela Petrobras foi um desastre. O custo poderia estar menor do que o cobrado hoje. Os preços de referência no Rio de Janeiro são altos em comparação ao resto do país — avaliou Queiroz, que lembrou da vinculação dos preços cobrados no Estado a cotação externa do barril do petróleo.

O governo federal anunciou, no fim de julho, que seguirá a subsidiar o preço do diesel na tentativa de reduzir a cobrança final ao consumidor.

— O que observamos foi uma elevação nos valores pagos pelos consumidores — afirma Diretor-Geral de Frota e Soluções de Mobilidade da Edenred Brasil, Jean-Urbain Hubau (Jurb).

Caminhoneiros cobram

Diante dos altos preços cobrados nas bobas de combustíveis, o descontentamento de servidores produtos e da população segue aumentando. No caso dos trabalhadores do setor de transporte, a reclamação recai sobre a falta de fiscalização por parte do poder pública, ainda mais pelo fato de a determinação de redução do valor do diesel, em no mínimo R$ ,046, passou longe de ser respeitado no Estado do Rio.

— A gente está pedindo ao governo para que reforce essa fiscalização. Queremos uma reunião com o governador para cobrar que os postos cumpram aquilo que foi prometido — criticou Luiz Carlos de Oliveira, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Estado do Rio (SindTanque-RJ).

Oliveira lembrou do contrabando de combustíveis, crime que tem aumentado em todo o Estado, e dificultado a redução dos valores nas bombas dos postos.

A respeito da fiscalização, o Procon-RJ, órgão vinculado ao governo do Rio, informou que entre 5 e 19 de junho — logo após o fim da paralisação dos caminhoneiros — , foi feita fiscalização em 49 postos do Estado para verificar o valor do diesel. Do total, 17 foram autuados por não terem reduzido os preços em R$ 0,46. As verificações foram feitas em postos da Avenida Brasil, e nas rodovias Washington Luiz e Presidente Dutra. Quanto a prática de preços abusivos, o Procon-RJ recomendou uma pequisa prévia por parte do consumidor para evitar altos preços.

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