MAIS DESENVOLVIMENTO

Rafael Alves pede Charles Rosa para estreia pelo UFC: “Sou predador que sai caçando quem tem nome”

Rafael Alves pede Charles Rosa para estreia pelo UFC: “Sou predador que sai caçando quem tem nome”

Talvez Dana White tenha mesmo acertado quando comparou a “fome” de Rafael Alves à de Conor McGregor. O lutador paraense recém-contratado após bela vitória no Contender Series não quer saber de discurso tímido e cliché: chegou pedindo para lutar já em setembro e deu inclusive um nome que gostaria de enfrentar.

  • É aquele Charles Rosa, da American Top Team. É um cara que tem nome, da velha guarda, um cara que eu quero bater. Eu luto nas duas, no 66kg e na 70kg. Tanto faz a categoria, eu quero é cair na porrada! (risos) Ele está vindo de vitória agora, tem nome, e sou um predador, que sai caçando os caras que tem um nome. Sei que sou um novato, que muita gente não vai aceitar, “Ah, quem é esse cara?” Mas a gente só aparece quando a gente bate nos grandes – disse, sincero, o atleta da equipe MMA Masters em entrevista ao Combate.com via vídeo-chamada.

“The Turn”, contudo, garante que não se trata de “escolher adversário”:

  • Não gosto de escolher adversário, gosto de escolher cara bom! Ele é um cara bom e eu sei que eu bato nele fácil, nocauteio no primeiro round. Eu estou com sede de sair na porrada de novo, filho (risos). Pode colocar qualquer um, até o Jon Jones aí que eu dou porrada (risos).

A fome de luta de Rafael Alves é justificada. Apesar de jovem, com 29 anos, o paraense já está na ativa no MMA há 13 anos (fez sua primeira luta profissional em 2007). Há três anos, se mudou para os EUA e, após um período difícil na American Top Team, enfim se encontrou na MMA Masters. Após impressionar Dana White no Titan FC (quando o dirigente o comparou a McGregor por seu senso de oportunidade), Alves deveria ter lutado no Contender já em 2019, mas problemas com sua documentação nos EUA atrasaram a oportunidade. Foi um ano difícil para o paraense.

  • Neste um ano que fiquei (sem lutar), quis voltar para o Brasil, não quis mais ficar aqui, e os treinadores dizendo, “Não, você não vai voltar, isso vai passar, lá na frente você vai ver que vai dar certo.” Eu dei entrada nos meus papeis aqui e demorou demais. Vai fazer três anos que não vejo minha família porque estou aqui, e agora prometi à minha família que quero fazer minha estreia no UFC e depois eu vou para o Brasil. Foi muito difícil para mim e eu achava que ia entrar (no UFC) direto, porque o Sean Shelby (matchmaker) conversava com o Joinha, meu empresário, e ele sempre me respondia, mandava ficar pronto no peso, e eu estava bem abaixo do peso já. Mas Deus sabe o que faz. A gente nunca vai entender o plano dele, mas é só acreditar e confiar que tudo vai dar certo.

Os treinadores César Carneiro e Daniel Valverde estavam certos: passou e deu certo. Eles também estavam certos quanto à estratégia para vencer a luta pelo Contender Series contra Alejandro Flores. A guilhotina que finalizou o combate no segundo round foi praticado à exaustão, inclusive no aquecimento no vestiário, conforme mostra um vídeo enviado pela equipe ao Combate.com.

– Quando eu fosse dar pressão nele, a tendência era ele entrar nas minhas pernas, e aí foi o que a gente estava praticando no vestiário, a guilhotina. Eu sou um cara muito forte na guilhotina. Eu não acreditava muito na guilhotina, achava que não pegava. Aí quando cheguei aqui na MMA Masters, quando o sensei encaixou em mim, eu pensei, “Que m***, ele tem uma pressão da p***!” Então eu quis aprender. Hoje sou um cara que treina bastante e qualquer lado que eu encaixar a guilhotina, eu pego, posso garantir. Eu tenho certeza que essa guilhotina vai explorar esse mundo aí, vou usar muito – comentou Rafael Alves.

Veja também