A constante busca por um corpo considerado perfeito faz com que as pessoas estejam tomando atitudes cada vez mais alarmantes. A procura por academias de musculação, cresce cada vez mais, até ai nenhum problema, mas as preocupações começam quando a busca pela pratica de atividade física não visa promover a saúde, mas sim, prioriza o lado estético.
Talvez você esteja se perguntando, mas qual o problema de buscar um corpo bonito, músculos mais definidos? Na verdade este não é o problema, mas sim, a forma com que as pessoas buscam isso que é preocupante. Para alcançar estes objetivos citados, o processo pode ser demorado e nem sempre as pessoas sabem respeitar esta evolução natural do corpo.
Foi pensando nisso que trouxemos este artigo que fala sobre os riscos de praticar atividade física sem orientação. Se você observar nossas postagens, estamos sempre alertando sobre a importância de contar com um acompanhamento de um médico e de um profissional de Educação Física.
Porque a orientação é importante?
Mesmo que você tenha anos de prática na atividade física, seja ela uma corrida ou uma pedalada, e também na musculação, as chances de você realizar algum movimento errado é muito grande, e estes erros a longo prazo podem trazer graves problemas para seu corpo. A orientação servirá para avaliar, detectar e corrigir estes possíveis erros e te oferecer uma prática sempre saudável.
E como já foi dito, a pessoa que treina por conta própria, dificilmente irá respeitar os prazos corretos de evolução. A pressa para emagrecer, a pressa para ganhar massa muscular é notada diariamente nestes ambientes e com isso, as chances desta pessoa acelerar o processo de troca de cargas e errar na intensidade e/ou volume é muito grande.
Quais os malefícios da atividade física sem orientação?
Quando existe este excesso, a pessoa entra no overtraining, que de acordo com o Dicionário Oxford de Ciência da Medicina do Esporte, é uma síndrome muito complexa, que apresenta diversos sinais e sintomas, que provocam uma fadiga mental, rápida deterioração do desempenho e aumenta os riscos de lesões.
O principal sintoma é a redução de desempenho, mas além disso a pessoa sofre com: insônia, dores musculares, ansiedade, agressividade, cansaço excessivo, aumento da pressão arterial, problemas articulares e alteração dos batimentos cardíacos.
Além do overtraining, existem muitos outros malefícios para as pessoas que treinam sem orientação, ou não respeitam esta orientação de maneira correta. Nesta lista que vamos apresentar, vamos mostrar alguns problemas que vão desde os mais simples, até aqueles que podem colocar sua vida em risco, são eles:
- Tendinite patelar – Causando fortes e intensas dores no tendão do joelho;
- Tendinite de Aquiles – Podendo causar lesão ou ruptura no tendão calcâneo;
- Estiramentos musculares – Esta lesão é muito comum quando há excesso no exercício praticado, ela acontece quando existe um alongamento do músculo além do limite;
- Lombalgia – Dores fortes e intensas nas costas;
- Desmotivação – Quando você percebe que os resultados não estão vindo, a desmotivação é visível, isso pode levá-lo a duas atitudes: abandonar a atividade física ou aumentar a carga colocando ainda mais a sua vida em risco;
- Enfraquece o sistema imunológico – Este é sem dúvida um dos principais pontos negativos de quem pratica atividades de forma excessiva. Quando o sistema imunológico não funciona de forma eficiente, as chances de desenvolver vários problemas de saúde são enormes;
- Problemas articulares – A realização de atividades físicas de forma incorreta irá causar danos às suas articulações. Devemos frisar que quanto maior é a intensidade da atividade, mais sobrecarga as articulações sofrem, ou seja, mais cedo ou mais tarde você terá que gastar dinheiro com consultas, remédios e fisioterapias.
- Risco de morte – A pessoa que exagera na atividade física, certamente irá exigir um esforço fora do normal de seu sistema cardiorrespiratório. Como dito, aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos acontece nessas condições e isso é um problema muito grave, que pode fazer com que a pessoa tenha um ataque cardíaco e vir a falecer.
Autor: Bruno Morgado, formado em Educação Física pela UFV – Universidade Federal de Viçosa.