O preço do cacau variando entre US$ 1,700 e 2,000/tonelada – bem diferente de um ano atrás, quando girava em torno de US$ 3,400 –, tem prejudicado, entre outras coisas, novos investimentos nas lavouras. É que com a arroba sendo comercializada por cerca de R$ 100,00, junto com baixos níveis de produtividade (a média brasileira é de 20@/ha), os produtores encontram dificuldades até mesmo para cobrir os custos atuais.
Um cacauicultor diz que “investir dinheiro do próprio bolso, neste momento, está fora e cogitação”. Uma saída, segundo ele, seria o desenvolvimento de programas de incentivo por parte do governo, além do restabelecimento de órgãos de assistência técnica e extensão rural.
Dificuldades
“É impossível se fazer agricultura sem que haja investimento. Tomamos como exemplo a seca que enfrentamos no último ano. As plantas estavam fragilizadas e desnutridas. Várias não resistiram e morreram. Tudo isso por causa da ausência de um investimento básico, que é a adubação”, destaca.
Hoje, principalmente na Bahia, a maioria das fazendas está em regime de meação, um dos métodos encontrados para estimular a produtividade. Uma outra alternativa, de acordo com nosso entrevistado, seria a verticalização e a produção de tipos especiais de cacau. “Entretanto, poucos têm acesso às informações e aos recursos financeiros para caminhar nessa linha”, completa.
“A renovação das plantas, por evolução genética ou mesmo por tempo de produção, também poderia contribuir com a melhora dos índices de produtividade. Mas sem investimentos, não vamos a lugar algum”, lamenta.
Fonte: Mercado do Cacau