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Polícia da Espanha prende sete suspeitos de cometer ofensas racistas contra Vini Jr.

As detenções ocorreram depois que um boneco inflável vestido com a camisa do atacante foi pendurado em uma ponte, em Madri

Vini Jr. durante partida contra o Valencia – 21/05/2023 (Jose Miguel Fernandez/NurPhoto/Getty Images)

A polícia da Espanha informou nesta terça-feira que prendeu sete pessoas suspeitas de cometer atos racistas contra Vinícius Junior. Quatro foram presas em Madri, sob a alegação de pendurar um boneco representando o jogador do Real Madrid em uma ponte rodoviária da capital espanhola. As outras três prisões ocorreram em Valência e são referentes ao episódio de racismo mais recente contra o brasileiro. No domingo, o atacante foi chamado de “macaco” pela torcida adversária, na derrota do time madrilenho, por 1 a 0, para o time da casa.

O episódio do fim de semana teve repercussão mundial, com o repúdio de outros jogadores de futebol, equipes do Brasil e do mundo, além de personalidades de outros segmentos da sociedade. Vinícius também se manifestou, desta vez de forma mais enfática, e deixou no ar a possibilidade de deixar a Espanha.

Boneco com a camisa de Vinícius Junior. Objeto apareceu enforcado em ponte de Madri em janeiro deste ano. Foto: Reprodução/Twitter© Fornecido por Estadão

Em dia 26 de janeiro, um boneco com uma camisa de Vini Jr. apareceu pendurado, simulando um enforcamento, horas antes da vitória do Real Madrid, por 3 a 1, contra o Atlético de Madrid, pela Copa do Rei. Com ele havia uma faixa com as palavras “Madri odeia o Real”, frase frequentemente entoada pelo rival do time merengue.

Na ocasião, o Real denunciou um “lamentável e repugnante ato de racismo, xenofobia e ódio contra Vinícius, declarando esperar “que sejam apuradas todas as responsabilidades de quem participou neste ato tão desprezível”. Um inquérito foi aberto imediatamente pelas autoridades à época.

A investigação, baseada principalmente em testemunhos, estabeleceu que os quatro torcedores suspeitos, “identificados durante jogos classificados como de alto risco no âmbito da prevenção da violência no esporte”, eram os “presumíveis autores” dos atos, declarou a polícia. Os presos foram detidos sob a acusação de “crime de ódio”, sendo três deles membros de um grupo radical de torcedores do Atlético.

Os meios de comunicação da Espanha informaram que a polícia utilizou câmeras de segurança para identificar os autores do ato, mas nenhuma medida havia sido tomada até esta terça-feira, um dia após a repercussão mundial dos insultos racistas a Vini Jr. pela torcida do Valencia. Ultras do Atlético de Madrid negaram ter qualquer tipo de ligação com o episódio. Os presos de Madri têm 19, 21, 23 e 24 anos de idade.

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